sexta-feira, setembro 19, 2008

Em minha rua tem pessoas muito loucas, que se transformam, assim, na imaginação de gente, em personagens cheios de drama e comicidade.
Uma vez, próximo ao carnaval, criei uma Escola de Samba da Martins Torres, aqui, no blog, e o meu generoso leit@r saiba, que minha rua é enorme, como um bairro.
Coloquei em destaques, nos carros alegóricos, aquela bicha que era como uma criança solta em minha rua e que fora assassinada, em frente à padaria, dizem, que por ter envolvimento com o tráfico.
Era destaque também, eu me lembro bem, o Julinho, um bêbado que vive na esquina e passa as noites num carro sem portas abandonado no final de minha rua e que parece viver sem nunca sair dos limites de um quarteirão.
O travesti, que é uma negona dos seios mais perfeitos que já vi sugeridos sob o pouco pano da camiseta de malha, sem barriga e sem bunda, mas com um enorme culote.
O homem barrigudo do jogo do bicho, que olha tudo em silêncio clandestino.
O menino lindo, sarará, cheio de dreads que vive de bicicleta pra cima e pra baixo na rua, tudo.
E ontem, foi um dia triste, porque o bêbado que não sai dos limites de meu quarteirão, amanheceu morto dentro do carro abandonado em que dorme.

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