segunda-feira, setembro 22, 2008

Estava pensando, agora, vindo para casa, de ônibus, que a língua portuguesa é,
meu silencioso leit@r, a rede, o circuito, assim, como o encanamento, as ruas, por onde a gente movimenta o nosso pensamento, e me veio à imaginação muitos peixes luzidios, escorregadios, gordos e fortes, descendo pelo rio, navegando, muitas pessoas caminhando pela estrada de sol, luz, e eu achei muito bonitas as imagens que me vinham e continuei a pensar, pensando que não é possível um canal, por onde passe tanta força, com velocidades tão diversas, tanta abstração, peixes, e tanto gás, pessoas, beleza, manter-se inalterado, um sistema fechado e fixo demais, duro, que não admita rasgos, furos, buracos, atropelos, dependentes da força com que vêm as idéias, que, às vezes, elas vêm rasgando feito ondas, tudo, surpreendentes e fortes, não é possível que o canal não seja flexível, elástico e fui pensando que a perfeição das ruas, das águas por onde passe o pensamento está em não ser dura, em ter buraco e rasgo, furo, onde ele escorra em sua pureza e, selvagem, possa ser ignorante, sensível e afetuoso ou escapulir da correnteza, feito o peixe fora d’água, morrer.

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

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