Então, se existe uma parte da experiência humana que não se traduz em palavras, uma parte impossível de ser submetida à organização das palavras e que, a despeito disso, poderia se submeter à ordem das cores, ou seja, se existem sensações impossíveis de tradução por palavras, mas possíveis de tradução num quadro de Henri Matisse, eu conseguiria decidir sobre que tipo de realidade é essa, possível de ordem com as palavras e outra apenas possível de tradução na ordem das cores?
E se eu organizasse o meu guarda-roupa em palavras, a ordem traduzida em palavras é verdadeira ou apenas uma ordem de ficção?
Como ajustar a ordem das palavras à desorganização da realidade de que fala o poeta Ferreira Gullar?
E o meu guarda-roupa organizado com gavetas para as camisetas, cabides para casacos e calças etc, fora das palavras estaria em desordem?
Hein?
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3 comentários:
Que é isso? Teoria do Caos? Luís, aonde vamos parar? estou já com medo! hahaha
Apenas a organização das cores de Matisse não basta se não olharmos para ela. A bagunça, então, nem se fala...
Pelo olhar, atribuímos um significado organizado, conforme a nossa experiência. Eu o meu, você o seu.
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