Tenho direito à gratuidade nos ônibus urbanos, desde antes
do ano dois mil, por conta das sequelas a que fui acometido decorrentes do coma
de um mês, por neurotoxoplasmose. Nos últimos anos, essa gratuidade começou a
precisar ser renovada de tempos em tempos. Fiz o meu recadastramento, com laudos
médicos comprovando minha incoordenação motora, que afetou meu caminhar e minha
fala. Eu estou a cada dia melhor, leit@r, mas para que eu esteja melhor, tenho necessidade
de tratamentos constantes e tudo. E me devolveram o novo passe com direito a
dez passagens mensais, quer dizer, cinco saídas de casa, sendo que metade
dessas passagens me foram dadas pra que eu andasse de trem, que não tem em
Niterói e que não uso para ir a lugar nenhum.
Então, leit@r, tenho estado às voltas com pegar outros
documentos que comprovem minha necessidade de gratuidade para as terapias. E tenho andado devagar e muito, muito a pé. Vou entregar o mais rápido lá no
terminal, pedindo que revejam a situação. Sorte, que Niterói é miudinho. A fono,
que é no Rio, diminuí o número de sessões.
Todos os terapeutas estão me dando força. E a advogada do
Grupo Pela Vidda Niterói, Patrícia Diez, está me orientando.
Fui.
2 comentários:
Enquanto isso o mesmo governo paga auxílio reclusão às famílias dos marginais / bandidos que estão presos.
Lamentável, caro Luís. Esse país me envergonha. Fico triste ao saber disso, vendo milhares de pessoas ativas e saudáveis mamando nas tetas do governo. Este que deveria assegurar os seus, os meus, os nossos direitos.
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