Ás sextas-feiras, tem tido baile funk no morro em frente a
minha casa.
Quer dizer, tem morro em frente a minha casa e atrás
de minhas casa, moro num vale, o leit@r sabe. Outro dia, um morador
antigo, no ponto do ônibus, estava dizendo que isso aqui era conhecido como
Valados, onde ele vinha com os amigos caçar passarinhos e tal.
Voltando ao baile funk, pode ser que ele aconteça atrás de
casa e que o som bata no morro em frente e volte, ecoando, de modo que pareça
vir do morro da frente. O Pessoal da Frente diz que o baile é na “boca”,
porque, agora, com as UPPs no Rio, estão dizendo que as “bocas” estão se
abrindo nos morros daqui. E uma delas, vigia nosso portão e tudo. É em frente,
no alto, no morro...
Já houve dias em que ouvi um homem gritando os preços da
maconha, ele estava anunciando a de dez reais e tal. Achei que era um maluco lá
no alto, mas, talvez, fosse a boca se estabelecendo, aberta, pra sempre. E, nas
sextas tem o baile, estabelecendo a boca mais e mais, quer dizer, as bucetas e
as pirocas varam pelo céu do valado por toda a noite e madrugada. È bonito!
O da última sexta-feira foi mais light de altura, as partes
baixas das meninas e meninos voaram mais ao longe, mais alto no céu, ta se
ligando, leit@r, ou porque o primeiro deles já nos acostumou, ou porque foi
mais baixo mesmo, o som. E menor, porque, de manhã, quando acordei, já tinha
acabado...
Fui.
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