Coisas incríveis são verdades, assim começo “Os gatinhos de
Pedro”, música que está no meu disco novo – voz e violão – Poema Maldito.
Porque as verdades, leit@r – eu estava dizendo outro dia – elas se bastam. Elas
vêm do nada e voltam pra ele, sem nenhuma explicação e sem porquê. Mudas!
Eu sei que estou vivo é isso é incrível e é verdade.
Faz muitos anos fui assistir a uma artista plástica que iria
falar sobre pintura e, leit@r, nunca me esqueci do jeito como ela falava
repetidas vezes do assombro que era estar diante dos brancos do pintor espanhol
Francisco de Goya. Ela mostrava pra plateia os brancos de Goya e estar diante
daqueles brancos, era leit@r, assombrada como ela estava, como estar diante de
uma verdade, sem explicação, incrível!
E a plateia espremida no auditório, muda!
Também, outro dia vi no youtube uma entrevista com a
escritora mineira Adélia Prado.
Ela disse, assim como estar diante dos brancos de Goya, sem
explicação e do nada, assim, quase como muda, que a melhor expressão da poesia,
era a pintura. E não explicou.
É uma verdade.
É mudo, silencioso leit@r.
Fui.
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