Eu durmo muito.
E com o tempo mais fresco, durmo mais.
E curto muito acordar e pensar que dormi demais, que estou
descansado.
E, então, começar a pegar fogo outra vez.
Às vezes, o vento que entra pela janela do apezinho, me faz
entrar em chamas na cama de solteiro, dormindo. Mas é pouco. A maioria do tempo
de sono é apagado.
Enquanto estou vivo, estou muito concentrado, e não acho que
eu esteja a perder tempo, quando durmo.
Quando estava no banho, vinha pensando que se eu não tivesse
que tomar esses remédios, teria um pouco mais de vida, sei lá, sem sentir, eles
vão minando a saúde da gente, vão deixando a gente menos aceso.
Então, mesmo que eu não faça nada, não sinto que eu esteja
no desperdício com o tempo que ainda tenho.
Eu sei que posso fazer nada, que posso gastar o tempo da
maneira mais leviana que eu queira, porque não tenho obrigação alguma.
Posso dormir muito e o vento entrando pela janela do
apezinho pode me atiçar o fogo que quiser.
Fui.
2 comentários:
seu blog é uma benção! amo muito. bjs
Valeu, Moyses!
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