segunda-feira, setembro 14, 2015

La Nave Va é uma antiga parceria com Manoel Gomes, um poeta de Niterói que conheço da época em que era enturmado com o pessoal do Buraco, um ponto de encontro na Rua Moreira César, em Icaraí, onde a rapaziada que não se sentia bem em casa, gostava de ficar apavorando.
Éramos sempre a mesma turma de garotos e garotas, aglomerados à noite numa escadaria que dava pra lugar nenhum, na sombra, assim, uma tribo, tipo, cada um na sua e todo mundo junto, um tipo de gente que ainda hoje vejo surgir em novas edições em qualquer cidade grande que eu vá e, aqui mesmo, em Niterói, aparecem os garotos e garotas que reconheço ser daqueles e, boníssimo leit@r, o Felipe mesmo é um que estivesse com a gente naqueles degraus escuros, se não estivesse na maternidade, vindo à luz.
A primeira execução pública de La Nave Vá que vi, foi com a dupla Preta Pagã, num antigo bar na zona oceânica de Niterói. Isso foi nos anos 90. Quis colocá-la no Poema Maldito porque é uma música de dois acordes apenas e, aí, eu conseguiria tocá-la num disco voz e violão.
Com as meninas do Preta Pagã cantando, a bichana ficou chique demais e, abrindo o CD Poema Maldito, é cheia de chiquê também, no modo como Felipe fez ela ir rolando desfiladeiro abaixo, sobre os sons que ele colocou pra que a próxima música pudesse subir.
Fui.
Ouça La nave va: https://youtu.be/7VayLXwS3eY


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