quinta-feira, setembro 17, 2015

Poema Maldito - luís capucho

O silenciosíssimo leit@r sabe do prazer que a gente deve
sentir, quando surge uma música. E do prazer que é também ver essa música que a
gente fez, ser cantada por uma outra pessoa e, então, ver o invento funcionando
fora de nós, autônomo, se deixando mover, ser erguido, assim, ser empinado de
outro ponto de vista, sem no entanto deixar de se empinar fora do vento que a
gente soprou, ta se ligando, boníssimo leit@r. E, então, isso de ver a música
rolando fora de nós, faz a gente acreditar mais nela, na sua independência de
coisa, se liga.
Mas tem umas músicas em que a gente acredita assim que ficam
prontas, sem que ela precise sair funcionando por aí, pra que a gente saiba que
ela lacrou um lance e, então, a gente fica achando que fez aquilo que os
jornalistas da música chamam pérola. E tenho essa pretensão com a música Lua
Singela, por exemplo, que é uma música que me satisfaz demais. Ela é uma pérola
pra mim, leit@r.
Bom, também tem as músicas que vão se formando pra gente aos
poucos. Aos poucos é que a gente vai entendendo, porque elas não se dão assim
de cara. Elas vão se perolando aos poucos.
Quando a gente pensa em fazer um disco, reunimos o que
achamos de melhor na nossa produção pra mostrar. E no disco Poema Maldito minha
pérola da vez é a música título, parceria com Tive.
Vejam: 

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