sexta-feira, maio 30, 2008

Eu estive falando sobre as plantas de mamãe e do modo como as aprecio com o seu movimento de entorno, visto que sou um cara contemplativo.
Uma vez, eu ainda era estudante e vivia perdido à beira da escola, sentado em frente ao prédio, na escadaria, sendo abordado por um aqui, outro ali, me chegando nos outros pra pedir cigarros, assim, um rapazinho macérrimo e de olhos grandes, e que ficava olhando pra tudo, quando se chegou a mim um cara estranhíssimo, bom leit@r, eu nem me lembro exatamente dele, porque não sou lá muito bom de memória mesmo e isso, eu sei, já faz um tempão. De todo modo, não é bom ficar repetindo sobre a ruindade de minha memória, por causa da neurolingüística...
E do que me lembro é da estranheza do cara, que tinha roupas indianas e trazia umas cartas de tarô. E uma toalha fresquinha de um pano também indiano, embaixo do braço.
Não sei, silencioso leit@r, como, com o passar daquele dia, nossa aproximação foi se tecendo. Sei que tendo ela se dado, fui com ele até a sala do diretório acadêmico.
E que após ele ter forrado aquela toalha levíssima e fresquíssima sobre uma mesa vazia e à toa que tinha na sala, despejou, escolhidas à sorte, algumas cartas do seu baralho de tarô pra mim.
Depois de alguma concentração, os olhos fechados, abriu-os e disse:
- Você não está fazendo nada, mas as coisas estão acontecendo à sua volta. Enturme-se!
Eu achei aquela frase tão poderosa, tão adivinhatória, tão alentadora. Ela me pereceu tão circunscrita a minha pessoa, bom leit@r, fiquei maravilhado...
Moral da história:
Uma andorinha só, não faz verão!
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
!

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