quarta-feira, março 07, 2012

Conheci Nelmar Rocha, quando me apresentei com Paulo Baiano, na 3ª Semana da Canção de São Luis do Paraitinga, SP. Então, ela tinha ficado de fazer uma matéria comigo para o seu boletim musical, que de semana a semana é jogado na sua mala direta informando aos seus leit@res sobre as notícias musicais da vez.

Mas, aí, só agora, que voltei a Sampa para o Festival Catarse, Nelmar, aderindo à campanha “Grava Ney!”surgiu, de verdade, a oportunidade de me noticiar no seu semanário.

Veja, bom leit@r:

“Prestes a completar 50 anos no próximo dia 23, o compositor e escritor capixaba de

Cachoeiro do Itapemirim, Luis Capucho, esteve em Sampa dia desses para participar do

projeto Catarse (aquele que reuniu em 3 dias dezenas de artistas numa grande festa na Casa das Caldeiras). Capucho (que mora em Niterói/RJ) causou surpresa ao apresentar-se ao violão, acompanhado pela guitarrista Lucinha Turnbull. Num evento onde as atrações musicais eram todas “barulhentas” – no bom sentido, é claro -, Capucho chegou de mansinho, um pouco tímido, confessando que inicialmente se apresentaria sozinho, mas que encontrara Lucinha nos camarins e não perderia a oportunidade de tocar com a guitarrista.

Também surpreendeu o público ao comentar que pela primeira vez estava

“vendo” a cidade das oportunidades de outra forma, pois o namorado estava lhe mostrando uma outra São Paulo, com lugares cheio de histórias - mais tarde ele me confessaria que agora conseguia olhar os prédios da cidade com beleza e não como um elemento opressor.

Capucho esteve poucas vezes em Sampa. Uma delas foi para fazer uma participação

especial no show da cantora e compositora carioca Suely Mesquita. Esteve também em

São Luiz do Paraitiniga em 2009 durante a Semana da Canção, quando participou do festival de música e onde o ouvi pela primeira vez.

Numa outra ocasião, veio à cidade para lançar seu primeiro livro, Cinema Orly, considerado um clássico da literatura LGBT pela militância gay. Com ele, Luis ganhou o prêmio Arco-Íris dos Direitos Humanos. “No futuro, ele será um clássico da literatura brasileira porque o ponto de vista dos meus livros, do Cinema Orly, é um ponto de vista homossexual; mas a sociedade que eu espelho é a sociedade brasileira. Então, é literatura brasileira!”, declara o quase cinquentão (rs). Em breve, ele deve retornar a SP para lançar seu terceiro livro, Mamãe me adora – o 2.º é Rato, lançado pela Ed.Rocco. Antes,entretanto, ele vem lançar (esperamos) seu 2.º CD, Cinema Iris.

Grava, Ney!

Luis Capucho tem um CD lançado, Lua Singela, e composições gravadas por Cássia Eler, Marcos Sacramento, PedroLuis, Arícia Mess, Daúde, entre outros. E, quem sabe, Ney Matogrosso poderá, em breve, fazer parte dessa seleta lista. Seria uma honra para Capucho, afinal, ter uma composição gravada por um dos mais renomados intérpretes do Brasil não é pra qualquer um. E se depender dos amigos, isso pode acontecer. Atualmente, na internet, a campanha Grava, Ney! vem ganhando força. Eu explico: há alguns meses, Ney Matogrosso disse no programa Metrópolis, da TV Cultura, que ia fazer um disco com “os malditos” da MPB. E citou, entre outros, Luis

Capucho – muito embora ele, Ney, não goste desse termo, mas era (é) um “gancho” para o disco. Ney estava ouvindo a canção Cinema Iris, de Capucho, mas apesar de gostar da música, tem uma palavra na letra que Ney tem receio de gravar e ser censurada: masturbando-se.

Os amigos de Capucho, então, começaram a campanha Grava, Ney!

Agora, cá entre nós: será que todos não sabemos que os tempos mudaram???”

Nelmar Rocha.

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