Chegando do laboratório da FioCruz, onde tirei sangue pra os exames clínicos.
Meus olhos se encontraram algumas vezes com os do rapaz que me atendia, porque ele me olhava justo nos momentos em que eu olhava pra ele. Eu tinha os olhos interrogativos e ele me olhava sem explicitude. Quer dizer, bom leit@r, deve haver algum entendimento em olhares, mas fiquei sem saber.
Nos bancos de espera, as mulheres falavam sobre seus cachorros de estimação.
Uma delas, uma preta bunduda, me olhou com desafio, quando atravessei sua frente para vir embora.
Então, eu passei sem considerar seu desafio.
Antes que eu tivesse sido chamado para a coleta do sangue, essa preta aconselhava a outra senhora a se desfazer de seu cachorro, um filhote de pitbull. A outra assentiu.
No caminho de volta pra casa, vinha pensando em como não somos livres, apesar de a vida mesma não ser fixa, parada, presa.
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