Roteirizando uma mostra pequena de minhas músicas.
A idéia é que eu faça acompanhado de um músico, mas que seja possível que eu faça também sozinho, voz e violão.
A única vez em que me atrevi a mostrar as músicas, somente voz e violão, estava bêbado.
Isso foi nos anos 80.
E quero tentar essa possibilidade outra vez, lúcido, claro.
É verdade, que não gosto de tocar sozinho, fico muito exposto, sou tímido, inseguro, naturalmente.
E depois que meu violão ficou mais rude, por conta de minha incoordenação, gosto menos ainda. Mas estive pensando: convivo com meu violão, sequelado ou não, há mais de trinta anos.
Entre mim e ele, deve ter algo de apresentável, que seja ao menos amor.
De início, em setembro, em BH, farei acompanhado da guitarra de Raul Corrêa.
Depois, faremos em Vitória e, talvez, Cachoeiro, também com Raul.
Chamei Rafael Saar, que me ajudasse.
João Santos fez um release lindo.
Fabrício Fernandes dá força em Vitória.
Cheguei a onze músicas, entre músicas do Lua Singela, do Cinema Ìris e músicas ainda não registradas em disco.
Minha música com Tive, “Poema Maldito”, entitulará a mostra.
O vídeo abaixo tem a guitarra do Raul sobre meu violão. Sobre ele escrevi há alguns meses:
O vídeo abaixo tem a guitarra do Raul sobre meu violão. Sobre ele escrevi há alguns meses:
"A primeira vez que me encontrei com Raul Corrêa foi no Amarelinho.
Era de tarde e estávamos eu, Simon e Claudia.
Então, ele veio vindo, muito bonito, com umas argolas douradas na orelha, umas unhas azuis, assim, meio um travesti com movimentos de garoto que ficou rapaz, uns gestos de mão, um falar pouco, sentou com a gente, e pediu uma cachaça.
Eu cresci o olho na cachaça dele e pedi uma pra mim.
No meio do assunto, perguntei se seria bom com a mão esquerda.
Disse que talvez.
O resultado está aí":