Comecei a fazer mais uma tela pequena de Carinhas, das que
têm quatro delas justapostas.
Estive pensando sobre o fundamento delas, porque o
silencioso leit@r sabe: embora as coisas nos apareçam como que ao acaso, todas,
sem exceção, têm seu fundamento, quer dizer, nada vem do nada e tudo está no
seu fluxo, se liga...
Então, às minhas Carinhas:
A capa de meu livro “Mamãe me adora” tem uma foto de mamãe, leit@r...
A capa de meu livro “Mamãe me adora” tem uma foto de mamãe, leit@r...
A capa foi feita pela Rachel Braga, mas a foto tem outra
história:
Mamãe trabalhava num bar-restaurante, mais ou menos na
cabeceira de uma ponte que dava para a subida do morro Aquidabã, em Cachoeiro
do Itapemirim. Um dia, passou um vendedor ambulante, pegou uma foto 3x4 dela,
ampliou, coloriu, emoldurou numas tábuas enroliçadas azuis, colocou umas latas
arabescadas nas emendas e revendeu o quadro lindo de volta para mamãe.
Naquela época, as casas nas vilas das cidadezinhas – as
periferias são chamadas em cidade pequena de vila – tinham em suas salas essas
pinturas das fotos emolduradas, mas Mamãe nunca colocou essa moldura em parede
de casa alguma.
Coloquei no livro.
Acho que vem daí minhas Carinhas.
Fui.
3 comentários:
Ficou um daqueles típicos clássicos quadros que as famílias mais humildes têm em casa, dependuras na entrada da casa. Simples, de beleza discreta e evocativa.
:)
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