sexta-feira, maio 16, 2014



No médico, tirei a roupa para a anotação dos sinais vitais.

Para as medidas, a enfermeira, entre pigarros, tocava em mim com muito cuidado, leit@r, ela tinha um melindre grande para me laçar o braço com o aparelho de pressão, para me laçar com a fita métrica que media minha cintura, meu tórax, meu pescoço, tudo. Era gostoso o modo dela. Eu curti.

Depois, quando saí da sala e esperava pelo atendimento do doutor, fiquei reparando nos outros pacientes e médicos que andavam de um consultório a outro, gente esperando, as reclamações, as impaciências e tal.

Então, quando fui pegar meus remédios, a moça da farmácia não quis me entregar, porque eu estava com uma receita velha. Aí, eu insisti que precisava deles, que era uma bobagem que eu tivesse de ter uma receita nova, porque ela poderia olhar no sistema – o sistema é o grande lance de agora, leit@r – que guarda todas as informações a meu respeito, então, ela poderia olhar no sistema que minhas receitas médicas tem sido as mesmas há muito tempo. Há muito tempo não há remédios novos para mim e tal.

Mas, aí, mesmo que o sistema seja o mote da hora, ela quis falar com o chefe da farmácia. Insistiu com ele que minha receita era velha.

Então, ouvi o chefe dizer pra ela que olhasse no sistema, onde estavam minhas receitas, se havia tido alguma modificação e não tinha.

Então, eu não entendi, porque mesmo que tivesse havido alguma modificação, a receita não estaria no sistema, leit@r?

Aí, eu disse:

- O que você quer, gastar papel e tinta com uma receita nova?

E, por sorte, voltei pra casa com os remédios.

Fui.

Um comentário:

Alexandre Souzza disse...

Mas gente... que coisa homem.