Para um homem, basta ter o seu pau crescido para dar a ideia de atividade. Se uma mulher está mamando essa piroca, então a piroca passa a ser passiva contra a atividade de uma boca responsável pelos estremecimentos de gozo do dito homem. Nós, os que chupávamos as pirocas na penumbra das fileiras das poltronas do cinema, eramos vistos como bichas passivas. O que, me parecia, acirrava a ideia da superioridade do homem macho. Essa superioridade masculina, a rudeza e violência com que os homens fodiam, fazia-me pensar no que há de mais delicado, exatamente, como a força violenta das águas produz eletricidade e a eletricidade produz luz, que não é um objeto, mas faz parte do mundo das coisas delicadas e nos é difícil saber de que material é feito seu corpo. É essa masculinidade que eu engolia, mergulhado entre as pernas do meu namorado .
Luiz Capucho – Cinema Orly.
Retirado de: http://seculodiario.com.br/blogs/phil/2015/10/19/fanzine-a-mosca/
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