Daqui do apezinho a gente vê pala janela a trepadeira que
cobre toda a casa do terreno ao lado, uma casa abandonada e muito velha que
pelo aspecto a gente vê que foi uma venda. A trepadeira vem pra cá também, pra
o terreno onde está a nossa comunidade-condomínio e está por sobre toda a
casinha dos Vizinhos de Trás.
Em frente à venda abandonada e coberta pela trepadeira
frondosa, dando para a rua, tem uma árvore na calçada, tão frondosa, mas tão
frondosa, que me fez pensar, na primeira vez em que vi, há bem mais de dez
anos, que eu moro num lugar especial, que concentra uma energia telúrica, um
lance que vem de debaixo do barro do chão, como o baião, as estrelas artesianas
ou o magma fervente, que faz a árvore, uma amendoeira, se iluminar assim. E que
faz a trepadeira sobre a casa dos Vizinhos de Trás também ser muito iluminada,
com o seu mundo de coisas vivas, os bichinhos, os passarinhos, os gatos que
atravessam o telhado e somem pra dentro do mato, o seu ecossistema e tudo.
Do outro lado da rua, para o leit@r ver que não estou
tirando essa estória do nada, a estória das forças telúricas que me faz pensar
que moro num lugar de concentração espectral incrível, estão enfileiradas três
igrejas: uma espírita, uma batista e a mais nova delas, que não sei a especialidade,
mas que é a mais ativa de todas e nesse momento vem uma cantoria de lá.
Daí, que eu também, o meu espírito usufrui dessa fonte,
porque ele tem essa mesma vibração, essa mesma frequência espectral que eu vejo
ter o lugar onde moro, com as igrejas enfileiradas na frente.
Fora isso, comecei a fazer um’As Vizinhas de Trás’ bem
grande e sozinha, a maior que já fiz. É diferente pintar maior e tou
aprendendo.
É isso aí!
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