terça-feira, maio 24, 2016

Dizem que nada acontece por acaso, porque tudo tem sentido e se encaixa de algum jeito com o que a gente ta vivendo. Não que as coisas precisem ter sentido, porque também elas podem ser aleatórias e funcionarem do mesmo jeito, quer dizer, não irão deixar de existir por isso. É bem horrível, quando se quer dizer alguma coisa e, aí, a pessoa fica dando volta, inventando estória, tentando valorizar o que vai ser dito e tudo. Então, eu já disse logo o que eu tava pra dizer: que nada é por acaso. E não há como ter prova disso, mas a estória é a seguinte:
O Xarlô me deu uma calça dourada para eu usar nos shows Poema Maldito. Ela precisava de uma bainha, de uns ajustes. Eu pedi a minha Vizinha do apezinho de baixo, se ela saberia ajeitar. Ela falou que sim, a bainha e pences ela saberia. Então, ela disse pra que eu descesse com meus sapatos, que era para fazer a altura da bainha direito. Peguei o tênis e a calça e desci. Depois, voltei aqui no apezinho por algo de que não me lembro. Ela fez essa foto no espelho, um duplo. Só vim a saber no dia seguinte, quando me mandou por e-mail: um tênis duplicado,  vazio, sozinho e duplo.
Mil coisas, leit@r:

Nenhum comentário: