quinta-feira, maio 01, 2008



O Henrique Schineider mora em Novo Hamburgo, uma das cidades do Rio Grande do Sul. Seu livro Contramão será o livro que o Rato irá enfrentar, bom leit@r, na Copa de Literatura.
Henrique me mandou um e-mail:

“Salve, Luis!

Não nos conhecemos pessoalmente, mas acho desnecessárias maiores apresentações. Meu nome é Henrique Schneider e estamos juntos na Copa de Literatura Brasileira, esta grande e deliciosa brincadeira inventada pelo Lucas Murtinho e mais alguns mosqueteiros.

Digo "juntos" porque calhou de meu livro Contramão estar "concorrendo" contra o teu Rato. E eu, inadvertidamente, estava entrando nessa de `concorrência´, quando me dei conta de que não, não somos concorrentes: somos companheiros. Companheiros de ofício. E este nosso mundo literário é tão pequenino que, se a gente começa a competir demais, levar muito a sério toda esta coisa, acaba a gente se transformando no grande chefe do lugar nenhum!... Para isso não escrevo.

E aí, o que fiz? Comprei o Rato, ontem à noite - cuja leitura começo no feriado. (Aliás, a Rocco está com uma boa distribuição: comprei o livro em Novo Hamburgo/RS, onde moro - e que não é uma cidade que se pode dizer seja conhecida por suas exuberantes livrarias...) Não comprei para analisar o concorrente, mas apenas para apreciar um bom livro - o que, apenas folheando as primeiras páginas, já se pode saber.
Fica aí, desde já, o meu abraço - e a torcida, sempre, pela literatura.
Henrique “

Ao que eu de pronto respondi:

“oi, Henrique, Salve!
Fico feliz que você tenha encontrado o livro aí em Novo Hamburgo e fiquei imensamente feliz que o Rato tenha entrado na Copa e que, assim, mais leitores fiquem a saber de sua existência e que fiquem curiosos por ler minha história.
Sim, certamente que a Copa de Literatura tem outras dimensões, maiores que o simples fato de estarmos competindo a um primeiro lugar, mas, por exemplo, a de nos enturmar numa brincadeira ou mostrar os nossos livros.
Obrigado pela iniciativa de me mandar um e-mail. Depois me diga que tal foi o leitura do Rato?
Estou para comprar o seu Contramão. Vou colocar seu e-mail no meu blog, tudo bem?
Moro aqui em Niterói, RJ, onde chove por todo o dia de hoje.
O Rato é meu segundo livro. Tenho um primeiro, Cinema Orly, publicado em 1999 por uma editora independente, Ficções de Interlúdio. O Cinema Orly, foi premiado em 2005 com o Prêmio Arco-ìris dos Direitos Humanos. E em 2003 lancei um cd, Lua Singela.
Comecei a ter coragem para levar meus trabalhos artísticos até o fim, a partir de 96, depois de um coma por neurotoxoplasmose, que me aposentou do trabalho de professor do Estado.
Estou terminando de fazer um terceiro livro e devo levá-lo para a apreciação da Rocco na terça-feira, mas estou receoso, por ele estar curto. Tomara que queiram publicá-lo.
Também quero conseguir fazer mais discos, vamos ver...
Espero que goste do Rato.
um beijo,
Luís.”

Vejam o Contramão:



Porto Alegre, seis e meia da manhã. Otávio Augusto desperta para mais um dia de trabalho. Após tomar banho, o que sempre lhe traz de volta à vida, separa suas roupas meticulosamente, combinando cada peça com cada acessório. A preparação para o trabalho mais parece um ritual, seguido de um café forte e fatias de pão quente. Contramão, de Henrique Schneider, introduz o romance por meio da descrição de uma personagem extremamente zelosa com a imagem, dotada de fortes ambições profissionais e de uma agenda impecavelmente organizada. Esta, no entanto, não possui espaço para imprevistos.Ao sair de casa, Otávio Augusto segue sua rotina. Senta ao volante do carro importado, liga o rádio para ouvir o noticiário e se põe a caminho da metalúrgica onde trabalha como gerente de negócios, cargo assumido logo após sua graduação. Um sinal quase fechado, as urgências para com horários e compromissos, somados a um motor possante, fazem com que Otávio seja o responsável pelo atropelamento de duas crianças. O lema "tempo é dinheiro" parece não mais significar sucesso para o jovem administrador. Tomado pelo desespero, esquiva-se da situação, fugindo o mais rápido possível para que não destruam seu futuro. Dirigindo sem rumo, o itinerário é traçado pelo instinto. Uma breve pausa para respirar e arejar a cabeça. Ao analisar a estrada e sua localização, percebe ter passado por um posto de gasolina e toma a decisão de seguir caminho até o sétimo posto. Um já havia passado. O que mais aguardará Otávio nessa jornada sem destino? Ou, pelo menos, até o sétimo posto de gasolina?"Em Contramão, Henrique Schneider nos conta, de maneira absolutamente fascinante, a história de um homem que tem um encontro com o destino", escreve Moacyr Scliar. "É aquilo que poderíamos chamar, por analogia aos road movies, de uma road story, uma história em que o deslocamento por estradas e lugares tem sua contrapartida na viagem interior, e na descoberta (amarga, no caso) do fator humano."

2 comentários:

walter disse...

Valeu a propaganda!
Quero ler "contramao". colocarei na lista dos livros que irei comprar na minha proxima viagem ao Rio.
Muito legal esta troca de e-mails com o cara.
Mas espero que voce ganhe a copa!
E sempre muito bom GANHAR!!!!
Abracos,

Renan Sanves disse...

Concordo com a opinião do Walter.
Tb quero ter o ''Contramão''