terça-feira, maio 27, 2008

Quando estive na Áustria ganhei um veadinho de presente.
Eu vivia perambulando pelos brechós de Lins, porque queria trazer presentes para todos os meus amigos.
Rubia disse:
- Aqui os veadinhos são brinquedo, não têm o mesmo significado que no Brasil – e me deu o veadinho.
Em Nikity, na minha casa, o veadinho ficou pelo meu quarto à revelia, ora aparece num lugar, ora noutro.
Ele vai seguindo o fluxo do movimento de arrumação e desarrumação do quarto e tem sido, silencioso, ótima companhia, com sua presença de coisa.
Faz um tempo que o vejo encalhado entre alguns discos e caixinhas, na mesa de meu computer. Ele está com a cara enfiada num vão entre as coisas e a bundinha pra cima e ali tem ficado, imóvel, desde já um tempo.
Hoje, mamãe entrou aqui e mostrando o veadinho enfiado nas coisas com a sua bundinha pra cima, disse:
- Deixe o veadinho assim, Luís, sempre com a bundinha pra cima, ouviu?
- Ah, foi a senhora que colocou ele aí?
- Foi. Ele deve ficar assim...

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

2 comentários:

Fábio Shiraga disse...

gargalhadas... ótimo post, Luís.
"sua presença de coisa" é uma frase interessante.

walter disse...

E por falar em veado,aquele VEADO ainda diz que voce e' um pessimo escritor?
Genial,Luis,o que voce escreveu acima.
Creio que e' costume ai no brasil de colocar os animais de costas pra rua pra dar sorte,pergunta a sua mae.
A minha tia fazia isso com os elefantes...eu quero dizer,com as presencas de coisas elefantes que decorava a minha estante.