domingo, julho 04, 2010

Tem feito dias muito limpos, de céu azul, em Nikity City e não tenho saído, não sinto vontade.
O personagem narrador d”O Apanhador no Campo de Centeio” gostaria de ter sido, pelo que entendi, como um pastor que vivesse em busca das ovelhas negras, embora ele próprio estivesse de saco cheio de tudo e quisesse cair fora, mas aí, não foi embora, porque quis assistir a uma encenação que sua irmã caçula iria fazer na escola. E, porque ela queria ir embora com ele, então, para apanhá-la, ele teve de apanhar a si próprio, bom leit@r.
Ainda outro dia, o Xarlô convidou-me e ao Pedro para que assistíssemos a uma peça que ele estava dirigindo e, na peça, tinha um pequeno trecho do Fauzi Arap que, mais ou menos, falava de uma hipotética porta de saída, cuja abertura era estreita e para a qual teríamos de ir em grupo.
E também, noutro dia, quando terminei de fazer a prova de lingüística e vinha caminhando para o ponto de ônibus, vinha pensando que a liberdade era um atributo individual e logo eu fiquei me lembrando daquela parte em que o cara que queria ser um pastor de ovelhas negras, disse que quando ele morresse, certamente, haveria alguém, um moleque qualquer, que escrevesse, clandestinamente, em seu túmulo: Foda-se!
Vou lavar roupa...

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