domingo, março 06, 2011

Paramos na Praça Tiradentes para assistir a uma bateria de moças e senhoras que tocavam tamborim.
Tinha o espírito, assim, de um bloco do sujo e paramos pra ver o som, que era muito, muito bom. Na frente delas, que estavam paradas em frente ao Carlos Gomes, tinha um homem que regia, como se regesse a um coro de anjos. Uma das senhoras que me chamou a atenção estava vestida de homem, mas ela parecia mais uma tartaruga macho e, Pedro disse:
- Olha a dancinha que ela faz, Luís!
E nisso, uma mulher enorme, com uma roupa cafona de madrinha de casamento, que estava parada assistindo, começou a dançar junto da tartaruga.
Pedro falou:
- Será que é um homem ou mulher?
E ficamos ali um tempo, Pedro comprou um pastel e fomos seguindo pra Rua do Lavradio, que tava ruim de passar.
No meio da multidão encontramos a Manuela com a irmã e uns amigos. Conversamos um pouco com elas. Depois, demos uma volta pela multidão e paramos embaixo dos Arcos, num vão onde os catadores de lata pesavam e vendiam as latas que recolhiam no carnaval. Achei que estivassem vendendo maconha, porque era um clima muito sério, o que tinham contando dinheiro, mas depois, foi se formando a fila de catadores pra pesar os sacos de lata.
Eu e Pedro ficamos absortos ao lado dos catadores e no meio da multidão que cruzava sob os arcos e veio um homem, meio que um preto velho e nos interrompeu a distração. Me deu a mão em silêncio, depois cumprimentou Pedro e foi embora, de fininho, como quando apareceu. Eu adorei ele...
Ali, perto das Arcos, antigamente, tenho a impressão de que curtíamos um lance mais marginal. E, agora, que ta mais moderno, a gente curte também...rs.
Aí, Sacramento e Valfredo chegaram e fomos andando até ao Sambódromo para ver os carros elegóricos na concentração.
E viemos embora.

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