quinta-feira, março 03, 2011

Porque deu uma refrescada no tempo de Nikity, saí da sala e arrumei a cama de mamãe pra que eu passasse a noite de sono. Quando me deitei, não eram ainda 23 horas e, por isso, retomei a leitura do Jogo das Contas de Vidro, que tinha deixado de lado para que conseguisse terminar a tempo os trabalhos escolares.
Li muito pouco e logo a vontade de dormir veio.
Costumo, ao ler, embarcar definitivamente na leitura, sem paranóia e sem trazê-la demais pra mim, quer dizer, fico mais pra lá do que pra cá, mas, ontem depois de fechar o livro e apagar a luz, comecei a devanear no sentido que me tinha, como se o livro fosse, assim, um oráculo, bom leit@r.
Aí, refiz na cabeça o acabado de ler, o diálogo travado no reencontro de José Servo e Plínio, e tentei achar algum sentido disso, com o que tenho vivido agora. E nada.
Aí, relacionei com a cama de mamãe, com seu quarto, com mamãe, se poderia ter tido aquele diálogo com ela. Nada também.
Plinio e Servo se conheceram adolescentes, viveram na mesma escola, e, aí, se separaram. Nesse encontro, já na idade madura, Plínio conta pra o Servo, qual impressão tinha do amigo na época da escola.
E fala de suas aulas e, num momento, diz que o prazer das aulas de uma forma geral pode se definir pela presença de um único aluno, que por seu estímulo, conduz a direção dos assuntos do professor e a reação dos colegas presentes em sala.
Quer dizer, silencioso leit@r, ele não fala isso, desse jeito, mas foi nisso que fiquei pensando e me enchi de saudade de Servo e Plínio, como a saudade que eles sentiram ao lembrarem-se de suas aulas adolescentes.
Fui.

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