“Quando ía ao Cinema Íris sempre assistia as strrippers que se apresentavam nos intervalos dos filmes pornôs. Foi o que me motivou a fazer a música da Savannah, uma stripper e atriz pornô americana, e que eu havia lido no jornal ter-se matado em meados de 1994, aos 23 anos, após um acidente de automóvel que lhe deformara o rosto bonito e jovem. Savannah era enturmada com os caras do rock and roll e ganhava muito dinheiro fazendo striap-tease.
Pensava em citar, na música, uma série de peças do vestuário feminino, sugerindo dessa forma um striap-tease. Como achava que não conhecia suficientemente o vestuário feminino, pedi à Suely que me ajudasse, também pedi a ela uma lista de verbos que indicassem os movimentos de Savannah, enquanto tirava as peças de roupa. Tive um ataque incontrolável de riso, quando Suely me mostrou os verbos: gira, abre, fecha, cresce, dança, diminui. Curiosamente, quando cantei pelas primeiras vezes a música, tal verso provocava um pequeno riso de ironia em quem me ouvia; depois, nas outras vezes em que cantei, essa ironia foi aos poucos se perdendo no contexto dramático da música que ficou assim:
Savannah
Savannah, Cinderela nua, superstar
Savannah foi pra cidade fazer filmes e dançar
Savannah na cama
E outras posições
Savannah, seu striap-tease
Savannah, bela, fria, loura, escultural
Savannah além do bem, do mal
Savannah dinheiro, sexo e rock and roll
Savannah luva justa, preta ou branca, ou de cetim
Savannah dança sobre os saltos
Bico fino de cristal
Savannah capa, anágua, sutiã
Baby doll
Savannah gira, abre, fecha, cresce, dança, diminui
Savannah deusa coquete
Não sabe ficar sem namorado
Savannah sobe a colina
Sozinha sem ninguém do lado
Savannah pobre menina
Imagina tudo acabado
Savannah, Savannah"
(trecho do livro Cinema Orly – Luís Capucho)
terça-feira, março 22, 2011
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Um comentário:
Luísssssss,
incrível Savannah!!!
beijos,
kAliC
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