Quando entramos no elevador do Morro Dona Marta até à Estação Três, o pessoal que enchia a cabine, vindo das compras de final de semana, cheio de sacolas e crianças e tudo, estava tentando armar uma manifestação em torno às contas de luz, que depois de oficializada pela empresa fornecedora, fez com que estivessem pagando energia mais cara que o pessoal cá de baixo.
Eu vinha apreciando o visual e prestando atenção na organização que se ía formando, mas tinha uma mulher, na frente do Pedro, que queria chamar a atenção, porque ela sacou que havia turistas na cabine, quer dizer, os turistas éramos nós. Ela usava uma dessas calças de malha colada no corpo, era grande e gorda e começou a dançar funk na frente do Pedro, requebrando-se toda e dizendo pras amigas sentadas no único banco da cabine:
- O meu marido quer que eu fique presa em casa, mas eu vou pro baile no outro morro. Cê boba, ficar presa em casa nada! Ele me diz: vai fazer o quê no outro morro? – e , aí, silencioso leit@r, requebrava assim meio agressiva, desancando o marido. Uma coisa...e imitava viado. Eu comecei a achar o ó, aquela mulher gorda na cabine cheia imitando viado.
Uma coisa!
A Ruth e a Cristina Braga me mandaram um registro lindo do Peixe, feito com Ricardo Medeiros num programa de televisão em São Paulo:
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