sábado, agosto 06, 2011

A médica fez com que eu esperasse pelo seu atendimento por oito horas.

Da outra vez em que ela fez isso eu já tinha argumentado muito nervoso sobre sua falta de organização com o tempo, de modo que a gente tivesse que passar o dia à mercê de sua consulta. Isso é uma falta de respeito com os pacientes, eu disse. Aí, ela se defendeu dizendo que ela era uma médica de verdade e que não estava brincando e tal. Acontece que eu não tava nervoso, porque ela não fosse uma médica verdadeira. O problema era a falta de noção, silencioso leit@r, porque os velhos pacientes, não precisávamos de, a cada consulta, uma nova anamnese ou algo assim, somente para pegar uma receita de remédios, motivo pelo qual a maioria de nós estávamos lá.

Dessa vez, não fiquei nervoso. Fiquei lendo o meu “O último suspiro do mouro” e, depois das oito horas de leitura, interrompida pelo almoço e por algum grupo de pacientes conversando alto – reclamando da espera - a meu lado nos outros bancos, quando ela me chamou, outra paciente estressada entrou na minha frente e começou a discutir com ela a portas fechadas. Eu ouvia a lenga lenga e quando surgiu um gancho, abri a porta e disse:

- Oi, Doutora. Eu também não quero mais ser seu paciente, tudo bem?

Então, fomos mandados, eu e a paciente estressada, para a assistente social e, agora, teremos outro médico.

Um comentário:

kAliC disse...

Putz, Luís, que luta!!! é um absurdo esta médica achar que pode dispor do tempo de seus pacientes,e olha que eles precisam ser muito pacientes mesmo!
Boa sorte com seu próximo médico:)

beijos,
kAliC