Muito lentamente avançando na biografia de Jean Genet.
É de não esquecer mais uma das cartas transcritas na
biografia e que ele mandou para o escritor francês André Gide, que era bem mais
velho que ele.
E, como o meu piedoso leit@r sabe, nesse blog em que só falo
de mim, só penso em mim, só escrevo sobre mim, embora faça alusão ao que veja
nos ônibus e ao que leia nos livros, o blog é um diário meu e é de mim que os
assuntos aqui tratam, o silencioso leit@r é ligado.
Continuando, era uma carta cheia de rancor e raiva, com o
objetivo de tirar um troco do velho Gide. Então, o Jean Genet se enrolou um
pouco na emoção e no tempo e tal. O fato é que o velho escritor francês,
destinatário da carta do Genet, ignorou a bichana. E isso me fez lembrar uma
carta que uma vez mandei pra professora que me alfabetizou, Dona Odaleia
Freitas Caetano. Eu tinha, talvez, 18 anos, quando lhe escrevi uma carta e não
estava nem um pouco interessado em tirar-lhe um troco, no meu caso, só queria
escrever. E como a carta de Genet, embora sem o mel de sua poesia, tinha o
mesmo rancor e raiva e como a dele, foi ignorada.
Ao, menos, ele foi objetivo e pediu uma grana, quer dizer,
precisava resposta.
Eu, se tinha mamãe, não precisava nada.
Fui.
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