Ontem à tarde, estive no Tomba Record – estúdio B, para com
Felipe Castro ouvir o que já fizemos de meu novo disco: Poema Maldito. O meu
apiedado leit@r sabe, diferente dos livros, que são construções feitas no
isolamento da floresta da cabeça do escritor, um disco é feito por muita gente.
Entretanto, faz um tempo, o amigo Leonardo Rivera, do selo de rock “Astronauta
Discos”, por onde publicamos o meu primeiro disco “Lua Singela”, disse gostar
de ouvir um disco que fosse feito somente por mim, quer dizer, voz e violão...
assim, como um livro, apenas o castelo na floresta de minha cabeça.
Era uma ideia ousada, visto que, faz pouco, tenho conseguido
deixar de espancar meu violão para, muito inseguro, ainda que doce, executar
minhas novas músicas num leito de rio manso.
Mas aceitei o desafio, coloquei elas às costas, em meu
embornal e fui gravar no Tomba Records.
Só que já não estava mais sozinho, leit@r: tinha além de
músicas comigo mesmo, no embornal, parceria com Manel Gomes, com Alexandre
Magno Jardim Pimenta, com Marcelo Diniz, com Marcos Sacramento. E o próprio
Poema Maldito, com o amigo espanhol, Tive.
E no processo de gravação, foram chegando as idéias, os
passarinhos, os cachorros do bairro, um baixista que apareceu pra ouvir e tocou
junto, um assovio, uma vinheta, do Felipe, uma idéia mais do Rivera, a Tata que
apareceu um dia e ouviu e tal e tudo.
E, ontem, com Felipe, ouvimos o bichano mais uma vez.
De todo, a ideia inicial do Rivera não se desfez. Está um
disco cru, muito, muito voz e violão, assim leit@r, bem à ideia de um Poema
Maldito, malditão, mas como o meu leit@r sabe, sou roceiro. E apareceram os
remansos suaves no osso duro.
Vamos indo...
2 comentários:
Excelente! Mal posso esperar pra ouvir.
valeu, Yohann!
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