O tempo vai passando, os acontecimentos vão se acavalando
sobre os outros e a gente vai perdendo de vista as idéias que ficaram lá atrás,
por baixo das que mansas ou muito nervosas vêm chegando junto com os novos dias
e nos dão outros rumos, outras perspectivas e, se não é um amigo que nos visite
e note uma luz, uma cor, entre o amontoado de coisas que a gente vai deixando
pra lá, pro lado, pra trás, por baixo, se não é esse amigo, a gente perde de
vista uma coisa que a gente quer.
Estou dizendo isso, por causa daquela minha idéia de fazer
um show voz e violão com meu parceiro Marcos Sacramento, acompanhado da
exposição de minhas carinhas. Então, eu tinha começado a fazer as bichanas pra
ter uma quantidade suficiente para uma exposição, mas nunca chego à quantidade
suficiente. Embora fazê-las não seja um estorvo pra mim, fica parecendo um
trabalho de Sísifo, isso. Chegarei lá...
Além disso, os acontecimentos são como as coisas. Já faz um
tempo, não consigo achar os meus óculos de leitura e o meu marcador de livros,
leit@r, entre o acúmulo de coisas da casa.
Que coisa!
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