quarta-feira, outubro 21, 2015

Algo Assim - Luís Capucho

O Pedro adora tirar fotos, fazer selfies, fotografar o Rio de Janeiro quando ele anda pela cidade, fotografar outros lugares por onde vai,
outras pessoas, bichos, pedras, árvore, mar, tudo, e postar pra gente ver. Ele é um homem rosa, o leit@r sabe. Eu, no meu euísmo e independente da bilirrubina, sou pálido.
Não somos em nada parecidos, em nada, mas desde o início,
perguntam se somos irmãos. A gente nem precisava ter inventado que somos primos, boníssimo leit@r.
Eu sei dos meus lugares míticos, porque sonho com eles transformados e repetidamente. E assim é com Marapé-Paquetá e com a cabeça de porco, onde aparecem, dentro de paredes, grandes cemitérios, de catacumbas imensas, lustradas de velhice, de muita velhice, velhice demais, assim, catacumbas eternas, com sua morte eterna.
Essa noite sonhei com uma briga com ele. Estávamos na cabeça
de porco. 
Por isso, vou postar essa foto que ele fez.
Estávamos em Paquetá e simulávamos a vez em que fizemos o
vídeo de 
Algo assim (Mathilda Kóvak/ luís capucho) para as filmagens do Peixe, de Rafael Saar:


Algo assim
(Mathilda Kóvak/ luís capucho)

Com isso eu era pra estar
Magoado, deprimido
Com isso eu era pra estar
Chateado, enlouquecido
Eu era pra morrer enforcado
Tomar veneno, me jogar da ponte
Algo assim, algo assim
Mas não estou nada Luís
Estou mais Claudia, mais Lestat
Em meu juízo final, fui o único juiz
Eu resolvi me perdoar
Com isso eu fiquei um pouco Cazuza
Com isso me tornei um pouco Brás Cubas
Um pouco Indianna Jonnes
Um pouco Indianna Jonnes
Algo assim, algo assim
E quero roubar um pouco de dinheiro
E quero matar um pouco de inimigo
Quero amor, muito amor
Algo assim pra eternidade
Algo assim, algo assim
Algo assim.






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