Cada show tem uma energia, um fluxo, uma mágica diferente, e
quanto mais a gente estiver esquecido disso, mais entramos em sua correnteza.
Então, eu gosto de ensaiar muito, de estar acertado com tudo, pra que na hora
da apresentação das músicas, a rédea possa ser solta e correr tudo bem.
Então, isso, de deixar correr, é um outro tipo de treino. E
é necessário fazer muitos shows, pra conseguir saber sobre isso. Na minha
lembrança, essa é a época em que mais tenho embicado os shows, daí é que sinto
que mais tenho aprendido com eles. Por que o leitor sabe, para se colocar no
centro da atenção de outras pessoas, enquanto mostramos as músicas, é
necessário que estejamos muito seguros de nós mesmos e delas, quer dizer, que
nós, com as músicas, iremos fazer sentido pra todas as pessoas que estão a nos
ver, de uma a uma, e tudo. E que a gente tenha coragem de estar inteiro ali,
porque já aconteceu muito de eu ligar o automático e ficar pairando na
paralisia, enquanto a música corre por baixo, e eu trancado em cima, na nuvem
negra, estanque.
Então é isso, eu tou aprendendo a ficar ali, com meu violão
e meu corpo mesmo, no fluxo das músicas, no seu movimento, junto delas, sem
escapulir e me prender por fora da sua corrente, parado, escondido, mas ali,
por fora, se liga.
E foi especial pra mim, participar do Bem-me-cuir junto ao
Prática de Montação, que está montando para encenar a peça Cabeça de Porco,
baseada em minha obra lítero-musical.
Tudo muito lindo, os menin@s demais!
Pedro fez uma foto pra mim:
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