quinta-feira, setembro 15, 2016

É muito incrível como o que acontece com a gente vai se completando em sentidos que vão nos enredando, aprisionando a gente e, aí, temos de gostar da prisão, fluir nela, nas coisas que a prisão nos revela, gostar, pra que seja um prazer e tudo.
Eu tou dizendo isso, por causa da peça Doida, que o João, a partir de um conto do Carlos Drummond de Andrade, escreveu pra Teuda Bara. E que ela encena com seu filho Admar Fernandes, que foi como um menino saído de um livro. E que a gente assistiu, ontem.
Eu me esqueci das pessoas à minha volta, com excecção do Pedro que, a meu lado, tava enredado de seu jeito e de uma moça que estava na cadeira da frente e que tinha se enredado soltando gargalhadas constantes das doideiras da doida.
Fora, isso, e ainda no mesmo tema da prisão, isso é uma coisa que todo mundo sabe, porque todo mundo se amarra nas coisas, como eu falei na segunda-feira aqui no Blog Azul, que gosto dessa gíria nova e terrível, descida do morro: Ta amarrado!
Porque essa sempre foi uma questão pra mim. E as coisas bonitas, mas na forma de amarração, é que vão soltando a gente.
É isso!


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