É muito incrível como o que acontece com a gente vai se completando
em sentidos que vão nos enredando, aprisionando a gente e, aí, temos de gostar
da prisão, fluir nela, nas coisas que a prisão nos revela, gostar, pra que seja
um prazer e tudo.
Eu tou dizendo isso, por causa da peça Doida, que o João, a
partir de um conto do Carlos Drummond de Andrade, escreveu pra Teuda Bara. E
que ela encena com seu filho Admar Fernandes, que foi como um menino saído de
um livro. E que a gente assistiu, ontem.
Eu me esqueci das pessoas à minha volta, com excecção do
Pedro que, a meu lado, tava enredado de seu jeito e de uma moça que estava na
cadeira da frente e que tinha se enredado soltando gargalhadas constantes das
doideiras da doida.
Fora, isso, e ainda no mesmo tema da prisão, isso é uma
coisa que todo mundo sabe, porque todo mundo se amarra nas coisas, como eu
falei na segunda-feira aqui no Blog Azul, que gosto dessa gíria nova e
terrível, descida do morro: Ta amarrado!
Porque essa sempre foi uma questão pra mim. E as coisas
bonitas, mas na forma de amarração, é que vão soltando a gente.
É isso!
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