domingo, setembro 02, 2018


Pra mim, um livro ou uma música ficou pronto, quando todas as minhas questões com ele-a estão resolvidas. Aí, eu me sinto feliz dizendo, pronto, acabou. E a impressão é de que cheguei mesmo ao fim, quer dizer, que a partir dali, não farei mais nenhuma outra música ou livro. Eu já disse dessa minha impressão de que a última música que fiz e o último livro que fiz, são definitivamente a última música e o último livro que fiz. Depois, isso é desmentido, porque, no decorrer outras questões vão surgindo e termino por fazer outra última música e termino por fazer outro último livro.
Mas As Vizinhas de Trás, não. Elas estão para a eternidade prontas, mas nunca que eu termino de fazê-las! Minh’As Vizinhas de Trás, então, não estão prontas. Por isso, sempre que acabo de fazer uma delas, não tenho a impressão da última. Sinto que ainda vou fazê-las e fazê-las. E ter esse nome genérico para todas, me ajuda na compreesão disso. Porque As Vizinhas de Trás contém todas as telas que ainda não fiz, quer dizer, todas As Vizinhas de Trás que ainda não fiz, estão prontas no seu nome.
Mamãe me adora, contém apenas Mamãe me adora, respectivamente a música e o livro. Cinema Íris, apenas Cinema Íris, Cinema Orly, apenas Cinema Orly. Cada livro e cada música, apenas cada um deles mesmo. Eu mesmo, apenas luís capucho, pronto, acabado, não sou mais que isso.
As Vizinhas de Trás, não, não terminam!


sábado, setembro 01, 2018

Fiquei bem satisfeito com ess’As Vizinhas de Trás – max”, porque elas lembram muito as primeiras que fiz, de anos atrás. E eu tava achando que eu tinha perdido o jeito, mas não, o seu jeito continua o mesmo que havia nelas, no início. Porque eu consigo mais volume, agora, eu tenho mais intenção no movimento que faço com o pincel, agora, eu consigo afinar uma cor, se quero, agora, mas, no fim, o mistério de aparecer a expressão na boca e nos olhos, ainda está do mesmo jeito como aparecia antes. Eu sei, que ainda, na maioria das vezes, esse jeito aparece bravo, parece duro, e a verdade é que todas poderiam se chamar Lindonéia ou Gioconda.
Mas, tranquilo, se chamam As Vizinhas de Trás!



sexta-feira, agosto 31, 2018


Fazendo As Vizinhas de Trás – max. A ideia é pintar sempre elas, sempre as mesmas, como o sol que vem todos os dias. Minh’As Vizinhas de Trás são o sol.  À medida que as vou repetindo e que elas vão aparecendo pra mim e que vou gostando ou não gostando do que elas mostram nas bocas, nos olhares, no nariz, pescoço e cabelos, vou vendo que são simples.
Essas são para a Fernanda. Outro dia, no devaneio, estava achando que As Vizinhas de Trás existem mais do que os livros que escrevi e mais do que as músicas que já fiz. Eu estava achando que elas estão sempre a postos, sempre em sua posição executada, assim, sem ser preciso niguém pra que se formassem. Porque estava achando que estão sempre em suas presenças de fantasma na parede, silenciosas nas salas. Estava achando que os livros e músicas, não, que ficavam mais recônditos. Que só apareceriam pra gente, se a gente lhes soprasse.
Mas acho que, não.


quarta-feira, agosto 29, 2018


Tem uma coisa acontecendo com meu corpo, que fica mais velho. Ontem mesmo, voltei do médico com a notícia de que estou com 50% da capacidade de meus rins. E que um deles está atrofiado. Há pouco, fiz um tratamento pra minha toxoplasmose ocular, que me deixou baqueado. Na verdade, ainda estou no baque do tratamento profilático. Certamente, que há muita coisa acontecendo no meu corpo e que não sei, não consigo intuir, ao menos. Por isso é que vou ao médico, fazer o monitoramento dos efeitos dos remédios que têm me dado sobrevida, desde há mais de vinte anos.
E a relação com os médicos é complicada, porque temos de deixar pra eles, saber e decidir sobre o que temos de fazer pra continuar bem. Só, que são pessoas estranhas à gente. Então, precisamos confiar em estranhos. Isso não é problema, porque sou um cara dócil. O foda é que estão dentro de uma estrutura de tratamento de saúde, que é uma estrutura fria e maquinal, então, preciso escorregar dentro dela untado de azeite.
Há maneiras de fazer isso:
Deixar rolar no “Seja o que Deus quiser”.
Tomar iniciativas que nos deixe correr mais macios dentro da máquina. Pensando agora, uma coisa não nos afasta de outra, porque no fim será sempre o que tiver de ser. Assim, não vou parar de morrer.

segunda-feira, agosto 27, 2018

Ave Nada


Não me lembro como surgiu a idéia do Ave Nada (Diário da Piscina), sei que desde o início desse ano, vem se formando ou vem se formando desde sempre e que muitas coisas vieram se desfazendo para que ele se fizesse na sala da Claudia e ele, Ave Nada que é, também se desfez como nuvem, por exemplo, agora, não está em lugar nenhum. Eu mesmo, nesse momento que escrevo no Blog Azul, sou aquele que junto aos meninos apresentou o Ave Nada, e como aquele não estou em lugar nenhum.
Porque já sou aquele outro que começou, hoje, uma nov’As Vizinhas de Trás que diferente do Ave Nada, que aos poucos foi se formando pra chegar a sua posição na sala e depois dali, a sua posição não foi mais, se desfez. E, então, As Vizinhas de Trás não são assim, porque elas, depois de prontas, estarão, sem se desfazer, sempre em sua pósição de As Vizinhas de Trás, uma ao lado da outra, na sala, coloridas e em forma.


domingo, agosto 26, 2018

É muito lindo para um escritor, um artista, ver o seu trabalho ganhar outra voz, como se outra pessoa cantasse com ele a mesma música, como quando fico feliz nos De Casa em Casa, com os meninos tocando comigo.
Esse ano, depois do Rodrigo na UFES, do Sandro na UFF, agora é o Rayesley na UFAM, que me comovem no pensamento e no coração.
            Vejam:

Eu descobri essa foto no Instagran da Mari Romano e salvei aqui, porque ficou bonita. E quis compartilhar.
Tem duas estórias pra ela:
Uma, que é esse momento em que a Mari fotografou, no Bar Semente, no show Três Vocês, comigo, Vovô Bebê e Bruno Cosentino.
A outra, quando fui tocar em Franca e pensei uma meia que me tornasse leve, que me deixasse suspenso, mas que numa volta pela cidade, nem eu, nem Jack, conseguimos encontrar. Aí, a Elaine pegou um saco de meias, cortei uma delas, que era um amarelo que eu pensava fluorescente e que não era, mas que funcionou.
Aí, quando cheguei em casa, no Atelier de Indumentária, a Nega mudou ela de cores:

sábado, agosto 25, 2018

A música do sábado, no Escritório.

Por conta dos De Casa em Casa,
nesse 2018, fizemos muitas apresentações de minhas músicas e, com isso, minha “Camisa
de fazer Shows” foi contando mais estórias, vocês sabem, a cada show, ela ganha
um acabamento novo e que vai formando o seu escudo, vai deixando ela mais forte e mais bonita.
E tomo sempre muito cuidado pra
não errar a mão, quando vou deixando ela mais completa, quer dizer, ela precisa
ir ficando mais pesada de coisas, mas não pode ficar pesada de se olhar,
precisa continuar leve e não puxar minhas apresentações pra baixo.
A última apresentação que
fizemos, fizemos com leituras do Diário da Piscina pelo Paulo Barbeto. Foi uma
coisa bonita. E essa foi a segunda vez que fizemos na sala da Claudia. Da
primeira vez, fomos apenas eu e Vitor Wutzki. E rolou uma coisa muito
impressionante, porque no meio do show, entre uma música e outra, todo mundo se
levantou pra comer, pra trocar de lugar, pra trocar uma palavra, rolou esse
frenesi instantâneo, espontâneo, dentro do show e tudo. E sem controle, voltaram
a nos assistir, como se nada tivesse acontecido.
Dessa vez, tocamos eu, Lucas e
Felipe. Foi o Ave Nada (Diário da Piscina). E não aconteceu esse rodopio
estranho da plateia, que se manteve atenta, como se a apresentação de todas as
músicas e as leituras do Paulo fossem uma coisa só. Não partiram o show, não
quebraram ele com um rodamoinho no meio, entende.
Na primeira vez, Claudia queria
me dar algo para minha camisa de shows, mas não deu. Agora, então, nessa
segunda vez, ela me deu duas coisas, para os próximos shows.
Tem uma coisa que acontece, que
eu acho que é porque, conforme a plateia nos afete, uma música pode sair melhor
ou pior do que o modo como ela ficou nos ensaios. E eu adoro o jeito como saiu
A Música do Sábado (Kali C Conchinha/luís capucho), no Escritório. Ficou muito
imperfeita, o video do Pedro ficou sem sinc, mas eu gostei mesmo assim. Ainda
não conseguimos repetir.


Vejam:

quinta-feira, agosto 23, 2018

Hoje é um dia muito especial pra mim, é como um dia de aniversário. Foi em 23 de agosto que entrei em coma e que isso conduziu minha vida de lá, pra onde ela seguia, pra cá. Então, é muito importante, porque a impressão é que tudo se deciciu nisso, no fato de eu não ter ficado pra sempre lá, parado nele. E, ao mesmo tempo, não ter seguido na vida que deixei antes. Fui jogado noutra direção. E, repito, isso é muito importante pra mim.
Hoje, um dia tão importante, fui fazer um exame de meu aparelho urinário e de meu aparelho pélvico – era isso que estava escrito no encaminhamento médico. Então, o doutor me deitou numa maca, desabotoou minhas calças, abaixou meu fecho-ecláir, levantou minha camisa e meio que, com um bastão cheio de gel, ficou correndo com ele por minha barriga e flancos e olhando pra tela de um computador. Me virou pra um lado, voltou-me para o lugar, apalpou o bastão com o gel deslizante, apalpou, apalpou e me disse, pronto, terminou!
E isso, nesse dia importantíssimo!
Ele saiu da sala e eu fiquei no dia importantíssimo me limpando do gel, me ajeitando a roupa, amarrando nos meus pés o tênis. Talvez, lá fora, estivesse rolando um tiroteio – eu estava na Fiocruz. De volta pra casa, eu poderia ser atingido. Atingido aqui perto de casa, em Niterói.
Ninguém mesmo, ninguém, poderia supor esse meu aniversário, agora, no sígno de Virgem.

terça-feira, agosto 21, 2018


Uma coisa incrível que eu reparo nos vídeos que Pedro faz no celular, é que aparecem uns sons que não estávamos fazendo. Isso aconteceu pela primeira vez quando tocamos eu, Vitor e Tulio, no loki bicho. E tou pensando agora que isso acontecia com as fitas cassetes que eu gravava antigamente também. Então, eu tava gravando e acontecia de uma criança chorar, por exemplo, por perto, ou um móvel por perto rugir e, aí, esse som entrava direitinho como parte da música, num tom que tinha a ver com os meus acordes do violão e tudo.
No caso das gravações do Pedro, no seu celular, além de entrarem uns sons que não fazemos, mas que se casam muito bem com ele, às vezes, como nos shows não tenho tocado sozinho, o que acontece é que os sons que fazemos nos intrumentos, eles criam ou sugerem um outro som que ouvimos de verdade ou que ouvimos apenas como sugestão. E a música fica muito mais linda, com sons transcendentes, que parecem estar no espírito do coração e não estarem fora dele, no ar que a gente respira.
Mas, aí, as gravações captam o que, ao vivo, tinha ficado apagado.

domingo, agosto 19, 2018

a masculinidade - Ave Nada

Fiquei emocionado, o Edil ficou,
mas só fiquei agora, porque, ontem, enquanto acontecia, não pude ver, porque eu
estava de dentro e não contemplava, são tempos diferentes, vocês sabem.
E, aí, vocês podem sentir minha
alegria e gratidão por ver um lance que era eu sozinho aqui comigo mesmo, ser,
agora, ontem, na sala da Claudia um corpo coletivo a que demos o nome de Ave
Nada (Diário da Piscina), e que me deixou emocionado agora, mas que foi, ontem.
E foi o registro do dia 14 de
fevereiro de 2001, do Diário da Piscina do ponto de vista do Paulo Barbeto e
que, também, por sua vez, Pedro, do ponto de vista seu e de seu celular
deixa-nos ver outra vez, de outro modo, no vídeo que subi agora no youtube, com
mais o Diêgo, o Lucas e o Felipe Abou.



sexta-feira, agosto 17, 2018


Amanhã, a gente vai apresentar o Ave Nada (Diário da Piscina), em Laranjeiras. Não sei bem como apresentar em palavras de divulgação o que nós com o Prática de Montação estamos construindo a cada ensaio ou a cada vez que tocamos à vera, porque no fim, é um trabalho de conjunto da gente.
Mas de meu ponto de vista, do ponto de vista de quem, lá atrás, inventou as coisas que juntos estamos reorganizando em música e teatro para a sala da Claudia, do ponto de vista daqueles que não sabem o que fazem e, daí, apesar da ordem, é meio o imprevisto, é meio um salto no escuro, nós – eu, Paulo, Felipe, Lucas, Claudia, Pedro, Diêgo - convidamos todos vocês pra virem saltar, nadar, voar conosco. Venham também os que se decidirem por morrer, como Verônica.
Chegaremos mais cedo pra preparar o ambiente da sala.
Todos!


quinta-feira, agosto 16, 2018


Tem umas formigas que moram dentro de meu teclado. Elas são mínimas, muito pequenas mesmo, e com meu olho de toxoplasmose eu vejo que elas têm uma penugem, são formiguinhas mínimas e cabeludas, como caranguejeiras.
O meu teclado está comigo há pouco e elas já moram nele. Também tinham ninho no meu antigo teclado, porque Pedro abriu pra consertar e elas estavam lá.
Sei porque elas moram no meu teclado. É que sempre tem uma xícara de café aqui em frente a ele. Isso é perfeito pra elas. Ficam próximas à comida. Quando deixo uma xícara de café vazia aqui, mas borrada com uma lâmina só de líquido no fundo, depois, elas dominam a xícara, pra comer e beber o pouco de doce que fica na louça, no restinho do café.
Aqui, no vale onde moro, também os cupins se encavernam nas coisas da casa. Esses bichos miúdos, que vivem em colônia, a gente não pode saber ao certo, mas devem estar muito atentos à gente, tipo, nos vigiar os passos, os costumes, o jeito na vida, pra que saibam exatamente em qual lugar da casa vão se concentrar pra criar suas cidades cavernosas.
Também, vêm abelhas atraídas pelo restinho de café nas minhas xícaras. E elas são meio bobas, porque eu já sei que terei de salvá-las, já sei que vão se lambuzar de café e lambuzadas não conseguirão sair do fundo da lama de café que fica na xícara. Eu pego uma caneta e as tiro, pra que elas se sequem na mesa e tomem rumo.
Também sou bobo. Pra mim, as abelhas que vêm aqui, são fadas!

quarta-feira, agosto 15, 2018


Segunda-feira estive na Fiocruz para duas consultas de rotina. Uma delas era infectologista, a outra, endocrinologista. E voltei pra casa sem que as consultas tivessem qualquer efeito no meu processo de tratamento. Segundo os médicos, não havia nada o que fazer a partir de meus dados, que têm no sistema deles, lá. O endocrinologista me deu alta, até. E me encaminhou pra o nutricionista.
Então, eu estava pensando no ônibus, de volta pra casa, que é mentira isso que dizem, ser a nossa medicina muito avançada. Porque se a medicina é tão avançada, por que minhas consultas têm sido tão estéreis?
Que merda!

terça-feira, agosto 14, 2018


Eu gosto muito de ver os videozinhos que Pedro faz de minhas apresentações. Dois amigos já se surpreenderam ao saber desse meu gosto. É que eu tenho um lance com a ordem das coisas. Por causa disso, eu não subo todos eles no youtube. E mesmo que eu tenha um lance com a ordem das coisas, o meu canal ainda é muito o caos.
Hoje, estava vendo um desses vídeos que ele, o Pedro, fez da primeira vez que fizemos o Ave Nada na Casa Sapucaia, em Santa Teresa e fiquei emocionado. Não subi no youtube na época, porque fiquei na dúvida e, agora, que iremos repetir, acho que ainda vamos melhorar, acho que conseguiremos mais ordem, não sei.
É que eu aprendo sobre fazer as apresentações, se as olho de fora, nos vídeos. E, embora não seja a ordem, propriamente, o que tenha me causado emoção ao rever o que fizemos da primeira vez, no Ave Nada,  porque eu nem sabia de sua existência naquela vez, foi ter descoberto que ela havia, o que me deixou marejado os olhos e, depois, comecei a fungar, no nariz.
A cena é o Paulo Barbeto lendo o dia 25 de julho de 2000, do Diário da Piscina, enquanto Felipe enrola um cigarro de fumo de rolo e eu espanco o acorde de Ave Nada ( Vitor Wutzki/luís capucho). Esse é um dos primeiros dias do Diário e é onde eu conto que Marcelina tinha me explicado que nadar, com o tempo de prática, seria como se eu tivesse caminhando e devaneando o pensamento em qualquer coisa. E, aí, digo outra vez, que isso é como voar. Então, a ordem não está apenas em nadar, andar, voar. Mas, sei lá, achei que todo o resto da cena se ordenou com isso, no caos, no centro, na coisa, no Ave, no Nada.
 E me emocionei. Sou muito grato.

domingo, agosto 12, 2018


Ontem, fizemos um ensaio do Ave Nada (Diário da Piscina), que no sábado, apresentaremos na sala da Claudia. E, assim, como os outros De Casa em Casa foram se formando à medida dos ensaios e das apresentações, o Ave Nada também começa a subir seu toldo. E tem uma diferença. Assim que fomos levantando a lona para as apresentações das músicas, para os De Casa em Casa, nunca tinha conseguido formar na minha cabeça uma ideia do que fazíamos. Eu sabia, conseguia ver, que estávamos mais construídos, mais formados e que desfilaríamos as músicas nas salas dos amigos daquela forma como tínhamos desenhado, mas eu não conseguia ter uma visão do corpo disso.
E, ontem, no ensaio, porque eu sou um pouco expectador e, talvez, porque, agora é teatro junto delas, das músicas, a apresentação começou a se formar pra mim. O corpo do Ave Nada começou se mostrar um pouco pra mim, vi ele começando a aparecer.
Eu sei que esse embrião ainda vai proliferar mais as moléculas e seus órgãos estarão cada vez mais prontos pra nascer. E que de certa forma, a sala da Claudia, ainda será útero.
Amanhã, é dia dos pais, ne.
É isso aí!



sábado, agosto 11, 2018

O Ave Nada (Diário da Piscina) é o resultado de meu encontro com Diêgo, Paulo, Felipe e Lucas e tudo o que adveio disso como apresentação de música e teatro. Esse é o meu ponto de vista. Mas o que vocês verão na sala da Claudia, no sábado, tem muito mais a ver com vocês, vocês sabem, porque darão sentido a tudo o que queremos mostrar.
Venham todos! Tragam seu come, seu bebe, seu fume e uma contribuição pro nosso chapéu. É livre!


sexta-feira, agosto 10, 2018


Cheguei a um outro final de minha As Vizinhas de Trás - Santa Moema e, ainda assim, tem alguma coisa que não vai bem. Porque As Vizinhas de Trás como surgiram, pintadas em telas 20x60cm ou 20x70cm, se olhadas uma única vez, a gente vê todas elas ladeadas, ao mesmo tempo. E se somos chamados pra algum ponto, pra alguma das Vizinhas, o nosso olhar vai olhar especialmente esse detalhe que quisemos, mas já viu tudo antes.
Acontece que essas telas que, até agora, tenho escolhido para As Vizinhas de Trás – Santas, elas são bem maiores. E essa da Santa Moema ainda é maior, porque quis fazer, como nas Vizinhas menores em que aparecem entre quatro e cinco delas ladeadas umas com as outras, quis fazer três Santas Moemas na mesma tela, ladeadas e grandes. Daí, que para o tamanho da sala do apezinho, não é possível que se veja as três de uma só vez. Além disso, como não se consegue ver toda ela ao mesmo tempo, cada parte, cada uma, tem que estar muito de meu gosto, para que possa estar no meu agrado de olhar pra ela sem ver as outras duas.
E não tou gostando do modo como apareceu na tela a Santa Moema do meio entre as outras, uma de cada lado dela. Pensei resolver isso, modificando-lhe um dos olhos, talvez, isso me agrade. Mas nunca desmanchei, antes algo que já tinha tido como pronto. E não sei se consigo refazer, sem deixar marca desse olhar que não está bom. Não sei se tem um macete pra isso.

quinta-feira, agosto 09, 2018

Pro meu prazer de ouvinte, sempre imagino as coisas que me contam, o melhor do que posso imaginar. Então, depois, é comum, que, por exemplo, se me contam sobre uma casa, quando eu conheço a casa de que me contaram, eu me frustre, por tê-la imaginado melhor. Isso já me aconteceu muitas, mas muitas vezes mesmo.
E isso que o Bruno inventou, eu não poderia ter imaginado mais, nem melhor: colocar no repertório de Ney Matogrosso, a minha Cinema Íris, que o Ney “abortou, junto com todas as outras músicas que ele iria colocar num disco de 2012, talvez.

- https://oglobo.globo.com/cultura/ney-matogrosso-teme-gravar-musica-com-palavra-masturbacao-os-brasileiros-estao-muito-caretas-2701115

Vamos todos! Bruno é luxo, luxo é Ney, Ney é foda, Bruno é Ney!