Eu gosto muito de ver os
videozinhos que Pedro faz de minhas apresentações. Dois amigos já se
surpreenderam ao saber desse meu gosto. É que eu tenho um lance com a ordem das
coisas. Por causa disso, eu não subo todos eles no youtube. E mesmo que eu
tenha um lance com a ordem das coisas, o meu canal ainda é muito o caos.
Hoje, estava vendo um desses
vídeos que ele, o Pedro, fez da primeira vez que fizemos o Ave Nada na Casa
Sapucaia, em Santa Teresa e fiquei emocionado. Não subi no youtube na época,
porque fiquei na dúvida e, agora, que iremos repetir, acho que ainda vamos
melhorar, acho que conseguiremos mais ordem, não sei.
É que eu aprendo sobre fazer as
apresentações, se as olho de fora, nos vídeos. E, embora não seja a ordem,
propriamente, o que tenha me causado emoção ao rever o que fizemos da primeira
vez, no Ave Nada, porque eu nem sabia de
sua existência naquela vez, foi ter descoberto que ela havia, o que me deixou
marejado os olhos e, depois, comecei a fungar, no nariz.
A cena é o Paulo Barbeto lendo o
dia 25 de julho de 2000, do Diário da Piscina, enquanto Felipe enrola um
cigarro de fumo de rolo e eu espanco o acorde de Ave Nada ( Vitor Wutzki/luís
capucho). Esse é um dos primeiros dias do Diário e é onde eu conto que
Marcelina tinha me explicado que nadar, com o tempo de prática, seria como se
eu tivesse caminhando e devaneando o pensamento em qualquer coisa. E, aí, digo
outra vez, que isso é como voar. Então, a ordem não está apenas em nadar,
andar, voar. Mas, sei lá, achei que todo o resto da cena se ordenou com isso,
no caos, no centro, na coisa, no Ave, no Nada.
E me emocionei. Sou muito grato.
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