Uma coisa incrível que eu reparo
nos vídeos que Pedro faz no celular, é que aparecem uns sons que não estávamos
fazendo. Isso aconteceu pela primeira vez quando tocamos eu, Vitor e Tulio, no
loki bicho. E tou pensando agora que isso acontecia com as fitas cassetes que
eu gravava antigamente também. Então, eu tava gravando e acontecia de uma
criança chorar, por exemplo, por perto, ou um móvel por perto rugir e, aí, esse
som entrava direitinho como parte da música, num tom que tinha a ver com os
meus acordes do violão e tudo.
No caso das gravações do Pedro,
no seu celular, além de entrarem uns sons que não fazemos, mas que se casam
muito bem com ele, às vezes, como nos shows não tenho tocado sozinho, o que
acontece é que os sons que fazemos nos intrumentos, eles criam ou sugerem um
outro som que ouvimos de verdade ou que ouvimos apenas como sugestão. E a
música fica muito mais linda, com sons transcendentes, que parecem estar no
espírito do coração e não estarem fora dele, no ar que a gente respira.
Mas, aí, as gravações captam o
que, ao vivo, tinha ficado apagado.
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