Eu tinha ido ao centro da cidade para me encontrar com D., mas aí, como levantei tarde e não olhei meus e-mails, não vi que o encontro tinha sido desmarcado e, no centro da cidade, já não tinha tempo de fazer meu almoço.
Para quem não conhece Nikity, o lado sul do centro é muito asseado e direitinho.
E o lado norte é sujo. É onde tem o Mercado de Peixe e, onde, no geral, encontramos as coisas mais baratas pra comprar.
Mas aí, acho que as piranhas migraram da praça do lado norte e vão praquela praça que tem perto do shopping, bom leit@r, por motivos óbvios.
Quando olhei pra piranha, que estava de mini-saia no banco embaixo da árvore frondosa, imediatamente, se desenhou na minha cabeça a geometria estratégica dos três homens à distância ligados entre si, através da piranha, e, aí, imaginei tudo o que se passava na cabeça dela e pensei que ela fosse escolher o negro que estava sentado à frente do chafariz: olhar paralisado nas pernas dela, alheio a todo o resto da praça, travessia usual de quem, como eu, vai ao centro da cidade.
Ligado a esse desenho, mas saindo um pouco de seu campo de força, num banco mais atrás, tinha um veado, com fones enfiados nos ouvidos, atento.
Eu passei batido.
Fui almoçar.
Quando voltei...
domingo, abril 04, 2010
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