terça-feira, abril 13, 2010

Preciso fazer algo para almoçar.
Vou atravessar a rua e aquela mulher da quitanda vai me perceber e o rapaz que trabalha pra ela vai me olhar, mas nunca me olhar de frente, embora ele tenha sempre um sorriso pra mim, que nunca se abriu, e eu vou entrar na quitanda achando que eu deveria falar alguma coisa, um cumprimento, dizer algo espirituoso, quebrar a parede de silêncio, mas, aí, eu fico burro e não me vem nada à cabeça que eu diga.
Aí, eu compro ovos e faço ovos fritos e compro repolho e faço salada e faço arroz pro almoço. E trago um vinho de sobremesa...

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