sexta-feira, abril 13, 2018


Tenho faltado um pouco aos treinos de natação, às aulas, por conta dos ensaios de musica que tenho feito. E, ontem, porque poderia ir, me planejei e tal. Por toda semana eu estava satisfeito, porque, ontem, eu poderia ir.
E, aí, aconteceu uma coisa incrível, ruim e boa.
Já tem um tempo que tenho pedido na piscina para correr um pouco na água. Porque, fora da água, eu tenho feito pequenas corridas para pegar o ônibus já de saída ou para atravessar a rua, quando tem trânsito. Então, pedi pra treinar na água, pra ir aperfeiçoando essas minhas pequenas corridas.
Só que, ontem, apesar de meu planejamento, me atrasei pra sair, o ônibus tava com defeito no lugar de fazer as digitais e parava longos minutos em cada ponto. Quando saltei, muito atrasado, pensei: vou correr.
E comecei.
Em vinte e dois anos, foi a primeira vez em que me dispus a correr de verdade, não pra atravessar a rua ou para pegar o ônibus.Me postei no lugar em que se posta quando vamos correr e dei o comando, corrida. Só que o corpo, como o de um velho cavalo, apenas trotava, enquanto eu dava o comando de velocidade pela segunda, pela terceira vez, ele apenas trotava. E acontecia, quando eu comndava maior velocidade, que as pernas fraquejavam e doíam, parecendo que eu não conseguiria. Aí, eu insisti e pensei, vou apenas trotar, não vou explodir. E avancei meio quarteirão. Andei um pouco e de novo repeti o trote de pernas bambas e fracas, mais meio quarteirão. O que ando, do ponto de ônibus até a piscina em 15 minutos, fiz em 8, correndo, trotando, meio cambo, mas firme no cambo.
Moral da estória: começando do zero, outra vez.


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