È possível que haja algum médico
desses que me atenderam por todos esses anos, um ou dois, que tenha sido
verdadeiramente meu aliado. A vida de uma pessoa é interessante demais, pra que
ela se volte pra vida da outra pessoa, assim, pra que ela faça o mais que
melhor, porque é disso que eu tou falando e é disso que eu preciso. Então, cada
um na sua!
No início, tomar os meus
remédios, me prostravam demais. Sempre fui um sujeito mais parado, mais
contemplativo e com eles era como se fosse surrado todos os dias, todos os dias
baleado, todo dia um pouco mais abatido, derrotado. Aí, quando no ano 2000
comecei a nadar, fui retomando a força, porque nadar deixa a gente mais forte.
Hoje é o último dia da dose mais
alta de Bactrim. A partir de amanhã, cai pra mais da metade a dose que tenho de
tomar. O olho continua igual, não melhorou nem piorou. Ainda há a
possibilidade, mas não fiquei caolho. E isso de agora diminuir o antibiótico, me
deixa menos amuado, porque ter aumentado tanto remédio assim, na minha dieta
deles, foi foda, um baque pra mim. Devo tomar, conforme entendi, essa dose
menor de remédio, enquanto meu metabolismo suportar. Que é pra evitar que a
inflamação volte.
Estou tomando a quantidade de
remédios que mamãe começou a tomar, quando ficou mais velhinha. Não comecei com
isso, agora. As montanhas de remédios que preciso subir e descer, ora são
maiores, ora menores. E já faz mais de vinte anos que tou atravessando esse
planalto. Já faz um tempo tenho pensado nos efeitos ruins que tantos anos de
remédios estão deixando em minhas vísceras. Imagino que elas devam se cansar,
envelhecer mais rápido do que envelheceriam e se cansariam se eu não tivesse
que tomar os remédios.
Eu sei que eu tou envelhecendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário