quarta-feira, julho 18, 2018


È possível que haja algum médico desses que me atenderam por todos esses anos, um ou dois, que tenha sido verdadeiramente meu aliado. A vida de uma pessoa é interessante demais, pra que ela se volte pra vida da outra pessoa, assim, pra que ela faça o mais que melhor, porque é disso que eu tou falando e é disso que eu preciso. Então, cada um na sua!
No início, tomar os meus remédios, me prostravam demais. Sempre fui um sujeito mais parado, mais contemplativo e com eles era como se fosse surrado todos os dias, todos os dias baleado, todo dia um pouco mais abatido, derrotado. Aí, quando no ano 2000 comecei a nadar, fui retomando a força, porque nadar deixa a gente mais forte.
Hoje é o último dia da dose mais alta de Bactrim. A partir de amanhã, cai pra mais da metade a dose que tenho de tomar. O olho continua igual, não melhorou nem piorou. Ainda há a possibilidade, mas não fiquei caolho. E isso de agora diminuir o antibiótico, me deixa menos amuado, porque ter aumentado tanto remédio assim, na minha dieta deles, foi foda, um baque pra mim. Devo tomar, conforme entendi, essa dose menor de remédio, enquanto meu metabolismo suportar. Que é pra evitar que a inflamação volte.
Estou tomando a quantidade de remédios que mamãe começou a tomar, quando ficou mais velhinha. Não comecei com isso, agora. As montanhas de remédios que preciso subir e descer, ora são maiores, ora menores. E já faz mais de vinte anos que tou atravessando esse planalto. Já faz um tempo tenho pensado nos efeitos ruins que tantos anos de remédios estão deixando em minhas vísceras. Imagino que elas devam se cansar, envelhecer mais rápido do que envelheceriam e se cansariam se eu não tivesse que tomar os remédios.
Eu sei que eu tou envelhecendo.

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