terça-feira, julho 31, 2018

Luís Capucho - Poema Maldito (full album)

Eu faço música há muito mais tempo do que faço As Vizinhas de Trás. E fico sempre pensativo sobre o fato de meus assuntos não avistarem longe, eles não têm panorama, tratam sempre de coisas muito próximas, coisas em que posso me esbarrar, em que estou me esbarrando e, por isso, a impressão de que estou sempre puxando pra trás, puxando pra mim, puxando pra baixo, atravancando espaço, se liga, assim, um sumidouro, um rodamoinho que não vai sair do lugar, fazendo pressão ali, uma coisa bem diferente de se arejar e ler um jornal, não sei.
Minhas primeiras As Vizinhas de Trás são de 2012 a 2014, quando ganharam esse nome. Delas, ainda tenho seis, que ficaram aqui comigo, encalhadas. E nos De Casa em Casa que fizemos no
primeiro semestre deste ano, em cada uma das salas dos amigos em que nos apresentamos, de acordo com o que pensei de cada amigo, deixei-lhe As Vizinhas de Trás que tivemos como cenário da apresentação. E algumas eram dessa série mais antiga e que são bonitas, na sua pouca definição e pouco relevo.
Ainda no mesmo assunto, desde o início desse texto, trouxe de volta pra mim, em 2014, músicas que tinham ficado na gaveta, músicas que minhas sequelas de incoordenação motora, me fizeram
achar, por muito tempo, que não fosse mais conseguir executá-las. No disco Poema Maldito, há  quatro exemplo disso:
La Nave Vá (luís capucho/Manoel Gomes), O Camponês (luís Capucho/Marcos Sacramento), Velha (luís Capucho) e Cavalos (luís Capucho).
Agora, tou pensando o mesmo com relação a essas seis Vizinhas, vou trazê-las de volta pra mim. Vou restaurá-las.



Nenhum comentário: