Eu tenho pensado nos remédios que
preciso tomar, como o que vai me enfraquecendo aos poucos, eles vão me
fragilizando a energia e penso nisso, porque me lembro de mamãe em seu leito de
morte, no hospital. Porque eu via que os remédios que os médicos davam pra ela,
foi o que acelerou sua morte. Quanto mais remédios davam, mais ela se
enfraquecia. E, aí, eu já vinha pensando há um tempo em falar com a médica e
ver um jeito de amortecer os efeitos e tal. Mas com o lance da recidiva da
uveíte, a médica me disse, ontem, que terminarei de descer a montanha de
remédios pra o olho, em dois anos. Que é pra tentar conter a toxoplasmose.
Fora isso, continuo atento à
serpente de minha coluna, atrás, na lombar. Porque há instantes em que sinto
que os venenos se soltam, uma vértebra de afasta da outra com um estalinho
surdo, de bola de sabão pocando. Também, estou atento ao jeito exagerado, quase
venenoso como minha cabeça se prende ao pescoço e tronco, havendo veneno também
onde meus braços se penduram, nas articulações dele, nos ombros.
Com os remédios novos, tenho
dado muitos peidos.
Foto do leonardo Marona:
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