terça-feira, julho 03, 2018


Eu tenho pensado nos remédios que preciso tomar, como o que vai me enfraquecendo aos poucos, eles vão me fragilizando a energia e penso nisso, porque me lembro de mamãe em seu leito de morte, no hospital. Porque eu via que os remédios que os médicos davam pra ela, foi o que acelerou sua morte. Quanto mais remédios davam, mais ela se enfraquecia. E, aí, eu já vinha pensando há um tempo em falar com a médica e ver um jeito de amortecer os efeitos e tal. Mas com o lance da recidiva da uveíte, a médica me disse, ontem, que terminarei de descer a montanha de remédios pra o olho, em dois anos. Que é pra tentar conter a toxoplasmose.
Fora isso, continuo atento à serpente de minha coluna, atrás, na lombar. Porque há instantes em que sinto que os venenos se soltam, uma vértebra de afasta da outra com um estalinho surdo, de bola de sabão pocando. Também, estou atento ao jeito exagerado, quase venenoso como minha cabeça se prende ao pescoço e tronco, havendo veneno também onde meus braços se penduram, nas articulações dele, nos ombros.
Com os remédios novos, tenho dado muitos peidos.

                        Foto do leonardo Marona:


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