terça-feira, julho 17, 2018


Eu me lembro que me mamãe se aprontava para ir ao médico de um jeito como se fosse à missa, falar com Deus. Sempre implicava com ela, por isso, mas porque os médicos ficam nessa posição entre a nossa vida e morte, meio que se aproximam mesmo de Deus e deve ser por isso que a maioria deles seja erradamente empafiosa. E criam distância da gente, a estrutura como se desnrolam as consultas, favorece a distância e os mantém protegidos e tudo.
E me deixou bem frustrado ver que a médica que está vendo o funcionamento de meu rim, em minha última consulta a ela, tenha sido sizuda e nada interessada nos meus dados laboratoriais que já estavam no sistema. Ela me disse que não adiantaria olhar, sem que já estivesse no mesmo sistema, os dados da ultrassonografia que estou ainda para fazer, mas esse nem é o caso, porque ela estava diferente das outras consultas, principalmente, das consultas em que havia médicos assistentes e que ela se mostrara amigável, interessada, aliada a mim, seu paciente.
A médica que cuida de meu olho e que também se mostra aliada, em nenhuma consulta se mostrou diferente disso e nunca houve uma consulta que me decepcionasse. Não é um amor, assim, não há nenhum desejo de aproximação, a gente sempre irá continuar sem qualquer vínculo pessoal. Mas é que tem uma atenção total no meu olho, ali naquele momento que a gente fica junto na sala dela. Também é assim o médico que vê meu coração, o que vê minhas outras víceras e a infectologista.
Fora isso, Deus me livre de todos!

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