Foi meio um sonho, meio um
pesadelo, a manifestação contra o Brucutu, ontem, na Cinelândia. De um modo ou
de outro, a textura da tarde, o carnaval das pessoas juntas na praça, as
palavras de ordem, a performance da menina nua com ele no corpo, tirando ele do
corpo, os amigos que encontramos aleatórios, sem sentido, tudo muito lindo ali,
mas depois, olhando ali mesmo, sonho e pesadelo, todos assombrados pela ideia
do Brucutu, uma coisa pesada e violenta.
Depois, durante o caminho entre a
Cinelândia e a Praça XV, na enxurrada de gente que era desembocada na 1º de março, eu vi que o movimento era forte como um rio grande. Aí, eu perguntei ao Edil como é que a gente poderia usar aquela força, como se usássemos a força de um rio para uma hidrelétrica. Ele disse que não sabia se era manipulável. O lute como uma garota, cheio de garotos dentro, é um mistério grande.
Na volta pra casa, ainda viemos
na onda. O coro das meninas na Estação das Barcas, o coro delas dentro das
Barcas e o seu coro atravessando as ruas de Niterói.
Pedro fotografou a luta dela.
Pegamos o 30.
#lulalivre!