quinta-feira, setembro 13, 2018


Tenho pensado que minha produção de música e livro – e agora tenho feito As Vizinhas de Trás – desde o início não tem nenhuma intenção combativa. É mais uma queixa. Ou registro. Um mimo que tenho pra mim mesmo, pra eu ter um mínimo de alegria e tudo.
Para se fazer combate, é inteligente que se tenha ordem e disciplina. Que haja um plano, mapas de combate, planilhas logísticas, qual será a movimentação no front, qual será na retaguarda, uma coisa de olhar pra tudo de fora, do alto, com a impressão de se estar dominando pra, enfim, a intensão de dominar. De ganhar o território.
Para meus registros e queixas, tudo pode se dar no caos. Embora, quando emarenhe demais, eu, literalmente, perca um tempo arrumando a casa.
Dessa vez, no primeiro dia limpei o peitoril das três janelas e o altar que tenho em meu quarto, ao lado da cama. Porque são coisas de pedra. Demorei três dias pra deixar o restante do apezinho, tudo, minimamente limpo. Então, ficou tudo mais fresco e bom de respirar. E o vento mais fresco que tem vindo do sul, sem ser combatente, sendo como eu, dominou tudo aqui.

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