Tenho pensado que minha produção
de música e livro – e agora tenho feito As Vizinhas de Trás – desde o início
não tem nenhuma intenção combativa. É mais uma queixa. Ou registro. Um mimo que
tenho pra mim mesmo, pra eu ter um mínimo de alegria e tudo.
Para se fazer combate, é
inteligente que se tenha ordem e disciplina. Que haja um plano, mapas de
combate, planilhas logísticas, qual será a movimentação no front, qual será na
retaguarda, uma coisa de olhar pra tudo de fora, do alto, com a impressão de se
estar dominando pra, enfim, a intensão de dominar. De ganhar o território.
Para meus registros e queixas,
tudo pode se dar no caos. Embora, quando emarenhe demais, eu, literalmente,
perca um tempo arrumando a casa.
Dessa vez, no primeiro dia limpei
o peitoril das três janelas e o altar que tenho em meu quarto, ao lado da cama.
Porque são coisas de pedra. Demorei três dias pra deixar o restante do
apezinho, tudo, minimamente limpo. Então, ficou tudo mais fresco e bom de
respirar. E o vento mais fresco que tem vindo do sul, sem ser combatente, sendo
como eu, dominou tudo aqui.
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