quarta-feira, setembro 12, 2018


Faz muito tempo, quando morava em Papucaia, escrevia muito sobre minhas viagens de ida e volta, para vir estudar, que eu ainda tava terminando a minha graduação na UFF. E lembro de ter usado uma palavra pra me referir àqueles cortes nas colinas que as estradas fazem para passar.
Depois, quis usar de novo essa palavra e não consegui. Me vinha a imagem dela, sem forma definida, e eu tentava pronunciar o som, mas o que me vinha não era suficiente. Ela vinha na boquinha de garrafa e não terminava de sair, não saía.
Isso dela vir pra fora e eu conseguir usá-la, aconteceu outras vezes, além e depois das vezes que utilizei ela nos textos que escrevia sobre as viagens NiteróixPapucaia. E, na semana passada, ela se prendeu outra vez dentro da garrafa, não saiu. Dei uma googada no sentido, pra ver se ela estava, fui nos dicionários topográficos, cartográficos e nada.
Quando Pedro apareceu, fui contar pra ele da minha busca e da minha decepção. Aí, enquanto eu contava, ela veio e botei pra fora: Talude.

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