A gente fica surpreendido com umas
coisas que aparecem na gente, porque não as vê se formando. Então, quando vê,
já é. E, aí, tem de lidar. Ontem, à noitinha, eu tava me sentido bem estranho,
assim, deslocado, sem saber me explicar bem, me sentindo, assim, mal. Uma hora
depois disso e sem que eu tivesse me drogado, bebido água ou comido nada, eu
comecei a me sentir muito colocado, e dizendo exato, eu tava me sentindo foda!
A gente não vê as coisas se
formando e elas aparecem de surpresa, enquanto estamos ligados noutra coisa. E
a impressão é a de que sempre estamos lidando com o desconhecido. Então, agora,
pra escrever aqui no Blog Azul, a tentativa é de me dar a situação, tentar me
situar no que veio se formando e no que é e está, no momento, agora.
Estou fazendo um uso prolongado
do Bactrim. Eu me esqueço das alterações físicas, na minha carne, no meu
sangue, que vão se configurando no meu corpo, para que eu tente, com ele, o
Bactrim, que minha uveíte não se desenvolva, outra vez. Três vezes por semana,
tenho tomado os dois comprimidos brancos, redondos, achatados, grandes, dele. E
não estou me dando conta do que está se modificando, ou do que ele está
ajudando a modificar, lentamente, para que a uveíte não volte. Quando eu for
olhar, minha nova configuração já se formou.
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