Eu disse, na semana passada, de
minha faxina ter se transformado na busca por uma foto dentro de um livro. Uma
foto que eu adoro e que, depois de ser encontrada, pedi ao Pedro que
emoldurasse. Quero tê-la de lembrança na minha parede. Acontece que, além de
não ter mostrado a foto naquela postagem, também contei ao meio a estória dela.
O Núcleo Canção da UFRJ tem, há
mais ou menos, um ano, um programa de entrevistas com artistas da música, que
ainda não tinham sido de interesse da universidade. Chama-se Escuta. E me
tornei o transcritor dessas entrevistas, porque fui o primeiro entrevistado - https://www.youtube.com/watch?v=_mf1plY6_zg
– e, daí, transcrevi minha própria entrevista. Como curti, pedi pra que eu
transcrevesse outras também. Atualmente, tou transcrevendo a do artista Caio
Prado.
Na minha entrevista, os
entrevistadores, na época, Rafael Julião e Isabela Bosi, puxaram o veio do
filme La Nave Va – minha música com Manoel Gomes - e indo por ele fomos vendo
que o disco Poema Maldito poderia ter a ver com a viagem funeral da cantora do
filme. Na entrevista, eu me lembro de ter falado que meu disco não é um disco
triste e que eu não conseguia entender porque os amigos que ouviam, diziam ter
vontade de chorar. Porque, eu dizia, a minha música é cheia de pensamento e
isso, o pensamento, é avesso ao choro. Bom, pode ser que isso não seja a
verdade.
Um tempo depois, eu quis fazer a
foto com esse motivo, porque essa estória do navio, do barco, da música, do
pranto, do sofrimento, do pensamento e da morte, é tão cheia de mistério. E a
usamos, há um ano, para o lançamento do livro Diário da Piscina, em Vitória – ES.
Vejam:
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