Comecei a reparar que eu perdia
uma ideia já faz tempo, isso não é novidade, agora. Tem algumas que ainda nem
terminaram de se formar e já se desintegraram. E, aí, quando você vai pegá-las,
elas já não estão mais lá, não existe mais corpo nenhum onde elas estavam.
Quando eu era criança, a sensação era a mesma da que eu tinha, quando levava um
tombo.
Então, preciso fazer as coisas na
hora em que elas me vêm no devaneio. Se não embarco, quando chegam, esqueço.
Ainda há pouco me veio na mente introduzir uma música – me veio a música na
cabeça – com aquilo que faço na música Velha, que é um bordado de bordão que o
Gilberto Gil faz na música “Não chore mais”. Na música Velha, esse bordão da
“Não chore mais” cria um efeito diferente pra ele próprio, encaixado no contexto
melódico da Velha. E como introdução dessa música que pensei ainda há pouco,
ganhava mais diferença ainda. Mas não experimentei fazer no violão, quando essa
ideia veio, e me esqueci qual era a música onde queria fazer isso.
Eu sei que outras idéias virão,
com e para outras músicas, intuo que isso, esses embriões, virão noutras vezes,
porque o pensamento da gente ta sempre indo pra algum lugar, mas, pow, não
precisava perdê-los assim, tinha de lembrar, esse, especialmente, chegou há
pocas horas atrás, não tinha de ter esquecido.
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