sexta-feira, setembro 07, 2018


Comecei a reparar que eu perdia uma ideia já faz tempo, isso não é novidade, agora. Tem algumas que ainda nem terminaram de se formar e já se desintegraram. E, aí, quando você vai pegá-las, elas já não estão mais lá, não existe mais corpo nenhum onde elas estavam. Quando eu era criança, a sensação era a mesma da que eu tinha, quando levava um tombo.
Então, preciso fazer as coisas na hora em que elas me vêm no devaneio. Se não embarco, quando chegam, esqueço. Ainda há pouco me veio na mente introduzir uma música – me veio a música na cabeça – com aquilo que faço na música Velha, que é um bordado de bordão que o Gilberto Gil faz na música “Não chore mais”. Na música Velha, esse bordão da “Não chore mais” cria um efeito diferente pra ele próprio, encaixado no contexto melódico da Velha. E como introdução dessa música que pensei ainda há pouco, ganhava mais diferença ainda. Mas não experimentei fazer no violão, quando essa ideia veio, e me esqueci qual era a música onde queria fazer isso.
Eu sei que outras idéias virão, com e para outras músicas, intuo que isso, esses embriões, virão noutras vezes, porque o pensamento da gente ta sempre indo pra algum lugar, mas, pow, não precisava perdê-los assim, tinha de lembrar, esse, especialmente, chegou há pocas horas atrás, não tinha de ter esquecido.

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