quinta-feira, setembro 06, 2018


Fazendo faxina:
Tenho aqui, guardando há mais de trinta anos, quatro plaquinhas de vidro, que eram prateleiras de um armário que havia no banheiro da Cabeça de Porco em que morei nos anos 80. Isso é uma coisa muito louca, eu guardo as placas, eu estou lhes dizendo. Só agora é que comecei a me dar conta disso e faz, mais ou menos, um mês, tenho olhado pra elas pensando que vou jogar fora.
            Demoro demais pra fazer a limpeza, porque minha atenção vai pra outra coisa, não consigo manter o foco, por exemplo, quando limpava aqui, onde fica o computer, me lembrei de um, tipo, cartão que o David, através do Sesc Gloria, em Vitória, fez do lançamento do Diário da Piscina que fizemos lá. Ele fez o cartão com uma foto que eu adoro, que é uma foto que eu quis fazer por causa da La Nave Vá (luís capucho/Manoel Gomes), que é a primeira música do Poema Maldito. Então, eu pedi ao Pedro que me fotografasse dentro de um barco, como se o barco fosse o barco do Caronte. E, aí, coloquei a minha Camisa de Fazer Shows, pintei o meu olho, na praia da Eva e Adão, e ele tirou muitas fotos, que eu adoro.
E o tal, tipo, um cartão foi feito com uma dessas fotos. Quando tava aqui limpando, me lembrei que o tinha colocado dentro de um livro. E a limpeza se transformou por mais de uma hora na busca pelo livro. Qual livro eu não sabia. Apenas teria de achá-lo. Sim, eu encontrei e parece que foi sem querer. O livro não estava aqui, estava na sala.

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