Fiz e estou por fazer uma série de autorretratos que não se parecem em nada comigo. Fiz no formato de As Vizinhas de Trás e estou fazendo um maior, numa tela 70x50cm. Tenho os colocado sempre vestidos na minha Camisa de Apresentação.

Fazer os meus autorretratos tem um pouco a ver com as coisas feitas de luz e que, por isso, não envelhecem, quer dizer, são sempre as mesmas e, ao mesmo tempo, isso tem a ver com aquele dito do Heráclito, nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo riacho, o que significa que as cópias não são iguais. Esse controverso, em que o perene e o diferente têm origem no mesmo lugar, legitima meus autorretratos, que não se parecem comigo.

 

Vitor Wutzki - Cavalos

Muito lindo o Vitor cantando a Cavalos com a luz batendo em cheio na pele das suas costas:

Um homem, a quatro meses dos seus 60 anos , sentado em cadeira ao lado de uma Árvore de Natal, no dia 25 de dezembro de 2021, no jardim velho de Alegre, ES.

 

 

Adoro essas letras verdes no fundo azul escuro que mantenho sempre como novos, aqui no Blog Azul. As coisas online, porque são feitas de luz, não envelhecem como eu, não desbotam como minha roupa, não se empoeiram feito minha casa, não se transformam como o dia, e são mais que templo grego, são mais que igreja de Ouro Preto, mais que pirâmide no deserto, mais que deserto.

Vejam:

 

Além das recidivas da toxoplasmose no olho esquerdo, estou a um tempo, mais de ano, em que a panturrilha direita começa a doer, quando alcanço o terceiro quarteirão. Fiz um doppler e foi visto que as paredes da artéria na perna está engrossada.

Se ajeito o andar e tento equilibrar o peso nos dois lados do corpo – como vocês sabem, automatizei forçar mais um lado do corpo, por conta das minhas sequelas motoras – a panturrilha esquerda também dói. Eu não sou muito bom com noção de tempo, mas isso deve vir acontecendo a mais de dois anos.

Então, é desesperador pensar que daqui pra frente vou perder a minha capacidade plena de enxergar e de caminhar, porque é a velhice.

Não quero!

 

 

Ainda sobre a consulta de que falei ontem, com a oftalmologista, em que as partes do meu corpo vão se estragando e, nesse caso específico, é a visão do meu olho esquerdo que se esvai, também há consultas, com outras modalidades de médico, em que as técnicas que têm de medição, os aparelhos de exame, as minhas queixas, os remédios, enfim, os acordos, as combinações, a comunicação possível com eles, não dão conta de me resolver os problemas aparecidos.

Numa hora, a doutora disse com resolução:

- Se você não estivesse enxergando as letras grandes que Suely te mostrou, eu diria que sua vista está ruim! – Suely é a assistente que pinga o colírio pra dilatação do olho e que, antes, mostra as letras iluminadas num quadro, que são letras grandes que vão diminuindo o tamanho, em fileiras embaixo umas das outras, até ficarem invisíveis de pequenas.

Enfim, são os 60 chegando!

 

 

Na médica examinando o meu olho esquerdo, olhando pra lente de um aparelho tipo um microscópio, mas que tinha uma luzinha dentro, olhando pra luz, eu disse pra médica que eu estava vendo a luz fora do aparelho:

- Estou vendo a luz no sua orelha, Dra!

- Fique quietinho, não fale agora, não – ela disse e ficou examinando as imagens que apareciam num monitor. Eu poderia falar depois, mas era importante falar naquela hora, e não podia falar, do lance incrível de eu olhar pra dentro do aparelho e ver a luz na orelha da médica.

Daí pra diante, comecei a tirar minhas conclusões independente do exame dela. Vi que o exame que ela fazia com um aparelho tinha mais autoridade que a minha experiência de ver, quer dizer, era na descrição que o aparelho fazia do meu olho que ela estava se fiando. Logo que cheguei e que ela me perguntou como eu estava, disse que não estava conseguindo ver as letras com o olho esquerdo. Mas o que ela viu no aparelho, não tinha a ver com isso, porque a consulta foi se conduzindo pra uma ausência de resposta e de comunicação.

Moral da estória: tenho de estar mais esperto!

 

Tiro fotos do céu de minha janela todos os dias e posto no Instagram. Isso começou um pouco antes da pandemia, quando comecei a buscar o que dizer do Diário da Piscina. Eu vejo que os artistas são meio assim, ainda mais se são escritores, sabem falar. Eu, não. Então, na minha procura do que dizer, cheguei nas fotos e, desde então, tenho diariamente as colocado lá.

Então, começaram a aparecer umas luzezinhas nelas. A Graúna do Henfil foi das primeiras que percebeu, disse que era óvni. Esses ovnizinhos tem uma lógica confusa, porque eles aparecem em qualquer posição em relação à luz, porque a luz delas está mais ou menos no mesmo lugar, que são tiradas quando acordo.

Depois, quando comecei com o #festivalintimo, a Rê Bainy me avisou das luzezinhas em seu vídeos e que no vídeo que ela me mandou pra o festival, Quando é noite, apareceu. Rê explicou que são orbes.

Hoje, o orbe da minha janela, o ovnizinho da foto, veio em uma capsula protetora, vejam:

 

Eduardo Marcolino - Peixe (instrumental)

Eduardo Marcolino me mandou a Peixe (instrumental).

É a segunda versão instrumental aqui, no #festivalintimo. E é muito bonito ver como uma música originalmente cantada, é interpretada pelo instrumento. A impressão é que o instrumento dá um tapa nas palavras que prendem as coisas e, aí, explode um circo. Ao mesmo tempo, o modo como o Marcolino compreendeu, construiu e costurou a música, fez uma volta perfeita, sintética e firme, nada explosivo, tudo redondinho e no controle, a lona certinha sobre a arquibancada. Enfim, não sei dizer.

O #festivalintimo está acabando, estes são os últimos números. Compartilhem, curtam, assistam!

Não esquece, curte o canal!

Vejam tudo, tá tudo lindo demais!

Só amor!

João Santos e Teuda Bara - Velha

O João Santos e Teuda Bara me mandaram Velha. É mais uma das joias que o #festivalintimo ganhou. Sinto uma grandessíssima, máxima emoção, porque Teuda, no filme Peixe, do Rafael Saar, interpreta mamãe, então o João está em meu lugar, vocês podem imaginar a fantasia toda em que entrei, ne.

Liga o fode, compartilhe o festival! Estamos nos finalmentes!

Amor!

Luís Capucho - Acalanto do amor - Videoclipe

Tenho muito orgulho por estar juntado a essas pessoas incríveis que veio dar nesse vídeo da Acalanto do Amor. Porque, embora eu saiba estar comigo mesmo e goste muito disso, já há muito tempo, ouvi de uma bicha que é no meio das pessoas que a gente vive. Então, isso é uma coisa que não tem jeito – e ainda é o que ouvi ela dizer.

Daí, desde quando surgiu a música – uma parceria com Douglas Oliveira – e o seu contexto, o contexto da letra dela que ele me passou como um bastão, à construção do arranjo, com os instrumentos junto à melodia da música, com Pedro Fonte, Bruno Cosentino e Vovô Bebê, a ter conhecido a Alira Silva dançando tão linda uma música do Crocodilo, a Antigamente, num vídeo de Instragram – aqui tenho de dar um respiro na oração, porque as conexões de pessoas são muitas e ainda haverá outras conexões e pessoas – até estar juntado ao Rafael Saar, que foi quem produziu o vídeo e tudo e aqui, passamos o bastão pra Prefeitura de Niterói, porque o colocamos e fomos selecionados para um edital dela, o edital de Ativos Culturais. Daí em diante, outras a perder de vista os ajuntamentos e é, de novo, o que ouvi dela, não tem jeito, é no meio das pessoas que a gente vive. E, aí, é por isso que tenho orgulho!

Liga o fode! Faz-me popular, compartilhe o vídeo!

Amor!

Live - Acalanto do amor

Eu me sinto honrado por me juntar a esses três cavaleiros soltos em torno à Acalanto do amor (luís capucho/douglas Cavalcanti), hoje à noite. E tenho a honra de convidá-los a nos ver lançar o clipe dele, do Rafael Saar, sobre ela, no meu canal de youtube.

Fora isso, estou muito feliz que esses anos tenham passado tão rápidos, que eu esteja envelhecendo com velocidade e que um dia eu vá morrer, como já disse na Cérebro Independente, do Crocodilo.

Isso, como vocês sabem, porque sou um amante da vida, com todas as suas estranhezas!

Não perde! Se inscreve no canal para estar a par dessa e de outras atrações!

Live - Acalanto do amor

Amanhã, dia 23, faremos uma live de lançamento do Clipe Acalanto do Amor, no meu canal no youtube. Seremos eu, Rafael Saar, que produziu o clipe, Alira Silva que dançou e Bruno cosentino, um dos produtores da música.

A música é do Crocodilo/2019 e o clipe foi selecionado no edital Ativos Culturais, da Prefeitura de Niterói.

Não perde! Não esquece, se inscreve no canal para acompanhar os movimentos dele:

 

Claudia Castelo Branco - Imaginei

Claudia Castelo Branco mandou-me Imaginei, música que fizemos juntos ainda nos anos 80, eu e Marcos Sacramento. Termino o festival com essa versão lindíssima dela e dedico-a a todos vocês os que participaram assistindo ou mandando música, entrego o coraçãozinho dela, que Claudia fez no fim do vídeo, como gratidão a todos, para:

Claudia Castelo Branco, Pedro paz, Murilo Guimarães Marcelo Celuzo, Rafael Saar  e Danny Perilla

 Lizzy Machado edil carvalho ococha lucas brenelli kali c Wanderson andrade caio mendes

Simon  edil  Fabricio ferreira  Walter bello  Tive   jack Murilo  Ruth 

 beatriz Miranda  vinicius hoste paulo Ohana Naldo Miranda leda lessa natalia miranda theo Barreto Gabriel edé davi vianna lucas fidelis

vertin e helton  livio  infeto jefferson volve Paulinho cantori Xha sacramento  luis valério gabriel edé Rafaela josé americo joana hime 

Rê bainy  luiz Ribeiro vitor Valentim  vitor wutzki abou mourad lea taragona Bruno cosentino Marcio Martins mario Fonseca 

Tiago abs luiz antonio Walter e, principal, se esqueci alguém.

Não esquece, inscreve no canal! <3

Amor.

#festivalintimo

Edil Carvalho - Petardo

Edil Carvalho mandou-me Petardo (luís capucho/Edil Carvalho).

O #festivalintimo esteve uma maravilha, eu me sinto uma cachorra com muitas tetas, e além dessa maravilha de hoje, haverá outra amanhã, e acabou! Mas não pense que se livrarão delas, porque há os retardatários e os que mandaram dois vídeos, e aí, vou postando ainda ano afora.

Edil esteve aqui outro dia e trouxe todo um material, se juntou com Pedro, e saiu essa joia que vocês verão agora. E, antes, além de agradecer a todos os que participaram tão sem pretensão e tão modestamente, que ligaram o fode, e me mandaram as músicas - amanhã, vou agradecer a todos outra vez - a duas pessoas principais: o Pedro, que me ajudou n’algumas edições e o Murilo, que fez as lindas capas deles. Sem mais palavras, só emoção e amor:

Luís Capucho - Acalanto do amor - Videoclipe

Como todos sabem, lancei o Crocodilo no finzinho de 2019.

É um disco em que cada faixa foi produzida por um artista diferente. A única das faixas em que tenho uma parceria é a Acalanto do Amor (luís capucho/Douglas Oliveira), e isso tem uma história. Quem produziu essa faixa para o disco foram Bruno Cosentino e Vovô Bebê e isso tem outra história. Depois, a faixa ganhou mais história quando pedi ao Rafael Saar pra fazer um vídeo e, aí, veio a Alira Silva. Nós vamos contar tudo no lançamento. Não perde, se inscreve no canal, não esquece!

luís capucho - Camuflagem

Não resisti e entrei também no #festivalintimo. Mandei Camuflagem (luís capucho/Tive Martinez). Gravei áudio na voz e violão e depois cantei por cima, filmando no celular.

Não perde, liga o fode, se inscreve no canal para as próxima atrações!

Mande seu vídeo!

Marcio Martins - Eu quero ser sua mãe

Marcio Martins me mandou Eu quero ser sua mãe.

Esse festival está incrível e o Marcio cantou bem com os fonemas alargados, bem pronunciados, como o esforço que eu fazia para dizê-los também. Então, ficou para ter bastante certeza, para deixar muito claro, para ser muita verdade, para ser lindo demais!

Só love, love, love, love! Liga o fode! Me faz popular, mande seu vídeo!

Eu não resisto e vou mandar vídeo pro #festivalintimo também!

Não esquece, se inscreve no canal pra receber as próximas retumbantes apresentações!

Tiago Abs - A Masculinidade

Tiago Abs me mandou A Masculinidade (kali c/luís capucho), inédita, mas que já tem uns anos e disse:

- hoje de manhã a minha irmã me mandou a música que o Tiago Iorc lançou que chama masculinidade tbm. eu gostei, mas ai lembrei da sua e deu vontade de tentar tocar... gosto muito dessa música e a música da generosidade tbm –

A versão do tiago é meio declamada e é muito bonito o jeito Edevaldo lo-fi com que ele fez a música. Nos vimos uma vez, numa apresentação do De Casa em Casa, num terraço de Rio das Ostras, do Educhs, de quem ele é amigo. É mágica e amor!

Dê o fode, participe, mande seu vídeo!

Faz-me popular, inscreve no canal, não esquece!

#festivalintimo

Jefferson Volve e Paulinho Cantori - SAVANNAH

O Jefferson Volve e o Paulinho Cantori mandaram-me Savannah (luis capucho/Suely mesquita).

Tem uma estória:

Há duas semanas, eu estava na FAN esperando pela burocracia de um edital para o que eu e Rafael Saar fomos selecionados, sobre a Acalanto do Amor (luis capucho/douglas oliveira). Então, veio um homem – era o Jefferson – e perguntou se eu era o luís capucho. Daí pra frente foi tudo amor e, por enquanto recebi dois vídeos dele e do Paulinho e Xha, pode ser que venham mais...

Ficou demais boteco/mpb, música de calçadão de esquina, pra andar levitando, gente maravilha só love!

Não percam! #festivalintimo dê o fode, me faz popular!

Mande seu vídeo!

Se inscreve no canal para as retumbantes participações!

https://www.youtube.com/watch?v=erSRXu50hws

Bruno Cosentino - Pessoas são seres do mal

Bruno Cosentino me mandou Pessoas São Seres do Mal.

O Bruno me homenageia com As Minhas Vizinhas de Trás - outros participantes também fizeram isso - uma delas o representa de camiseta amarela e com uma foto de Nelson Cavaquinho, compositor a que fui comparado, como versão punk dele.

O Bruno também é um caso de mágica e amor, como o Felipe Abou, o Vitor Wutzki, o Rafael Saar... cada qual a seu modo... e todos, também a seu modo, esses outros artistas compositores ou não, mais jovens que eu, ou iguais velhos, que participaram do #Festivalintimo, todos eles lindíssimos, lindíssimos, lindíssimos, e que têm uma relação com a minha música que me salva e que me torna presente, vocês sabem.

Não perca, mande seu vídeo, dê o foda-se, faz-me popular!

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Rafael Saar e Danny Perilla - Destruição

O Rafael Saar e o Danny Perilla mandaram-me Destruição. O Danny, não conheço ainda, mas o Rafael, vocês sabem, faz um tempo, estamos envolvidos com o filme Peixe, que trata da minha ficção litero-musical. O Rafael fez um vídeo com motivos meus mas que também são dele, porque foi ele quem me iniciou em pintar os olhos pra cantar, cheio de tradição no mundo bicha da música!

É santo!

Não perca, mande seu vídeo, dê o foda-se, faz-me popular!

#festivalintimo

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Abou Mourad - Parado aqui

Abou Mourad mandou-me Parado Aqui.

Mamãe contava um caso, uma vez, ela ficou afim de ir embora de Cachoeiro e foi pra rodoviária da cidade, sem destino. Então, apareceu uma mulher loura, de colores e perfume, e começaram a conversar.

Moral da estória: mamãe não saiu de Cachoeiro daquela vez.

Minha estória com o Felipe me lembra um caso desses de mamãe. Tem mágica e amor.

Não perca, dê o foda-se, faça-me popular, mande seu vídeo!

#festivalintimo

rafaela ramos e josé americo antoine jr - CAVALOS

A Rafaela e o José me mandaram a Cavalos, do Poema Maldito. Como na versão do Lucas Brenelli, esta também é uma versão colaborativa. Ela e o José tornaram a canção que comigo é cheia de dor e afinco, mais redonda e zen, uma beleza!

Dê o foda-se, faça-me popular, mande seu vídeo.

Participe do #festivalintimo

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lucas brenelli - Antigamente

O Lucas Brenelli mandou-me a Antigamente, do Crocodilo.

É uma versão meio colaborativa, em que ele vai trocando os tons das frases melódicas e, com isso, a música ganhou estranheza, no bom sentido, ou juventude ou roupa nova.

Respondendo ás dezenas de e-mails, o #festivalintimo tem sido interrompido, mas logo que possível tem recomeçado com todo calor!

Não perca! Mande seu vídeo! Dê o foda-se, faz-me popular!

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Ococha - maluca

Ococha mandou-me a Maluca!

É cheio de coisas inexplicáveis, o festival. O Ococha é meu sobrinho-primo-neto, filho do Amarildo, que pareia idade comigo, e que é filho do meu tio luís, irmão de mamãe! Eu pedi ao Ococha e ele falou que me daria Eu quero ser sua mãe.

Depois, me deu Maluca!

Uma alegria muito grande tê-lo no #festivalintimo

Não perca! Liga o foda-se e faz-me popular!

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Mario Fonseca - VELHA

Para hoje, o Mario me mandou a Velha, vídeo bem antigo (agosto/2016) que ele já tinha me mostrado e que pedi para colocar aqui. No festival! Eu me lembro de quando fiz essa música, de como surgiram as assovios em seu final. Acho ela um misto de crueldade, tristeza, beleza e alegria.

Prazer muito grande que ele tenha me cantado.

Liga o foda-se, faça-me popular! Mande seu vídeo!

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#festivalintimo

Leda Lessa - bruta (declamado)

Está demais! 

Hoje serão dois vídeos de Leda Lessa para o #festivalintimo!

Ela me mandou Bruta, que na sua forma de declamar, mostrou-me melhor a música e me deixou emocionado com ela. É uma história imensa, mas que Leda resumiu bem, do seu ponto de vista, na descrição do vídeo que me mandou.

De meu ponto de vista é só amor!

Esse festival está forte demais, não percam!

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Não dê foda-se! Faz-me popular!

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Bruta

(luís capucho)

Minha filha se parece muito com meu marido

No jeito de por o cabelo no jeito como olha

Mesmo no corpo os dois se parecem

Gosta das flores meu marido gosta das flores minha filha

Gostam das montanhas, dos vales, dos pastos e dos animais

Concordam que eu sou bruta

Eles são como alma gêmea, minha filha nem parece ser fêmea

Meu marido é forte, tem mãos firmes, é doce

Eu, por mim, não me importa montanhas, vales, pastos, animais, flores, nada

Não se parecem comigo

Eles não têm minha alma abalada

Eu não habito o paraíso deles

Para mim nenhuma árvore não jardim não Eva não Adão não maçã não cobra!

#festivalintimo

Leda Lessa - Bruta (cantado)

Savannah - cifra

Savannah pra tocar em casa:

Victor Valentim - Sua Mae

Victor Valentim também me mandou Sua Mãe.

Eu conheço o Valentim há muito tempo e nunca moramos na mesma cidade. Quando o conheci ele estava em Brasília, de onde ele é. Agora está em Cachoeira, BA. Ele é um cara incrível por ser meu amigo e a versão dele de Sua Mãe é linda, original, azul demais!

Sobre essa música, eu já disse, quando da versão do Naldo. É uma daquelas feitas na Cabeça de Porco, nos anos 80. Vale apenas ver no jeito do Victor!

Não percam o #festivalintimo

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Faz-me popular! Compartilhem, não vão dar o foda-se, não me mandem à merda!

Só love!

Maluca - cifra (por Rodrigo Garcia)

O rodrigo garcia me mandou essa cifra de como ele e Cassia Eller tiraram a Maluca de meu Antigo.

Pra tocar em casa:

Naldo Miranda - SUA MÃE

Naldo Miranda mandou-me Sua Mãe, do Antigo, e que fiz depois de uma visita à casa do Marcos Sacramento. É uma música daquela época em que eu morava com mamãe no centro de Niterói e acho que ainda morava naquela casa, quando registramos, eu e Naldo, o Antigo, no Café Laranjeiras. O Naldo tem essa importância pra mim, porque com ele tenho os registros mais legais das músicas antes de eu ter essa voz mais abrasada que me deixou o coma por neuro-toxoplasmose.

Eu me lembro de o Naldo já ser um grande violonista ou violeiro naquela época, e que eu ficava surpreendido de ele topar o meu convite para tocar comigo. Vê-lo tocando Sua Mãe nesse mundo novo em que vivemos é emoção pura!

Não perca o #festivalintimo!

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Natalia Miranda - Maluca

Eu nem me lembro direito

Como voltei pra casa

Quem guiou meu carro,

Quem me abriu a porta

Se eu não entendia nada

Só sei que eu dormi de roupa e tudo

Nem mesmo tirei as botas

Quem me ajudou, quem apagou a luz

Alguém desligou a vitrola... (rita lee)

 

Eu e Natália não nos lembramos um do outro, ela era um bebê e eu um jovenzinho que ouvia rita lee. Mas tanto ela quanto eu nos lembramos das músicas que ouvíamos, na época. É uma grande alegria pra mim ser apresentado a ela cantando a minha Maluca nesse arranjo com as guitarras falantes do Naldo Miranda – o Naldo foi quem fez comigo o Antigo(1995).

O Naldo morava com a Leda e as crianças numa casa no Colubandê e eu depois de saltar do ônibus andava um pedaço de casas com quintal e cachorros e disso me lembro com perfeição. Depois que eu entrava na sala do Naldo para ensaiar, eu tinha noção das crianças e da Leda em algum lugar da casa – acho que eu tinha essa noção até mesmo se estivéssemos ensaiando sozinhos nela. Mas eu não lembro, nem a Natalia.

Vejam que alegria grande!

Participe do #festivalintimo

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Faz-me popular!

Mamãe tinha duas expressões que se equivaliam, mas para ocasiões diferentes. Uma, é quando ela dizia que queria jogar tudo para o alto. E a outra, é quando ela dizia que sua vontade única era colocar as mãos pra cima. A primeira todos nós conhecemos, e a segunda era uma situação especial de mamãe, quando estava muito aflita, inquieta, sentindo-se sem lugar, sem conseguir querer fazer nada, nem ver a novela. Acho que era uma coisa assim, jogar as mãos para cima e sair correndo, sumir.

E eu estava muito bem aqui, seguindo com esse meu lindo festival íntimo feito um adolescente feliz e tudo. Mas tive de voltar aos remédios para o olho, em estou em casa nessa função, como num hospital, mas em casa, com as mãos jogadas pra cima e só não saio correndo porque não consigo mais correr...rs.

Mas assim que minhas mãos baixarem, voltarei com as próximas vibrantes atrações.

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Wanderson Andrade - Formigueiro

Wanderson Tavares me mandou a Formigueiro, do Poema Maldito. Foi através do Vinicius e fiquei feliz demais de ver, porque essa é uma música que eu adoro. Claro, além da performance do Wanderson, que avisa com o dedo e aponta o que todos já sabemos... é isso aí, só amor!

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Tive Martinez - Camuflagem

Tive Martinez mandou-me Camuflagem.

É uma parceria nossa inédita. Nossa música mais famosa é a Poema Maldito.

E adorei demais ver o Tive tão de perto, dá pra ver os seus movimentos todos, os pequenos e os grandes, enquanto ele caminha com a música dentro dele, quando fica parado olhando pra ela, quando respira pra ganhar mais força e jogá-la pra frente, pra fora. Ficou lindo demais, a canção ficou tão falada, ficou tão claro e alegre quando descobriu a aranhazinha camuflada!

Só  love!

Não perca o #festivalintimo

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Vitor Wutzki - Atitudes Burras

Vitor Wutzki me mandou a sua Atitudes Burras!

Conheço o Vitor já faz um tempo e tocamos muitas vezes juntos. Eu sou fã de sua forma de cantar e tocar, quer dizer, minhas músicas não têm nenhuma resistência ao seu jeito, ao contrário, melhoram. A gente se conheceu em Campinas, onde o Vitor Mora, e de lá pra cá ou daqui pra lá é um pulo sempre que possível. Tenho muitas lembranças que ficaram no sonho da música com Vitor, um pulo no sonho, quer dizer, elas podem ocupar o passado ou o futuro, como esse vídeo dele que coloquei agora no youtube.

Não percam o #festivalintimo, ele é lindo!

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Lea Taragona - Virginia e eu

A Lea Taragona fez a Virgínia e eu, também do Crocodilo.

O festival ta todo lindo e ficou muito lindo o jeito como ela encontrou a música no braço do seu violão. Quando o vovô bebê me mostrou o arranjo que pedi a ele pro disco, num momento ele me disse que essa era uma música de viajandão, uma coisa assim, música de pessoa que sente no mesmo tempo que pensa, eu entendi como.

Quando vimos a lea, eu falei pro Pedro:

- Rolou um transe né, a música vai assim como uma serpente que vai subindo – e aí eu fiz um gesto com as duas mãos suspensas, levando um peso invisível e ele concordou.

Não vai perder o #festivalintimo

Ele ta lindo! Mande seu vídeo!

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Fabricio Fernandes e Caio Mendes - Virginia e eu

Fabrício Fernandes e Caio Mendes, para continuar no Crocodilo, fizeram a Virgínia e eu, que foi uma encomenda para o livro Virginia Berlim, do Luiz Biajoni. Tenho uma grande admiração pelo Fabricio, pelo jeito como ele lida com as coisas, não sei explicar, só vendo – o Caio eu não conheço ainda, mas ele me disse aqui, que ele e Fabricio se conheceram num show meu no Sesc Gloria de Vitória, quer dizer, é nóis, tamo junto!

Todos esses vídeos que tenho postado na minha playlist Florão da América, me fazem, me fizeram chorar, porque me levaram, me levam, muito pra dentro, quer dizer, ser homenageado assim, provocadamente, mas também, não - o  Fabricio e Caio homenageiam no vídeo a mim e ao Pedro - e ainda fazer essas viagens nas músicas, é precioso demais, vocês sabem, é mesmo de chorar.

Faça parte você também do #festivalintimo

Mande seu vídeo!

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Soneto - cifra

Essa é pra tocar em casa:

Vinicius Hoste - Acalanto do amor

Acho que o Vinicius entrou nas minhas músicas pelo Crocodilo. Depois, eu vi que ele tinha publicado uns desenhos no Instagram que representavam as músicas desse disco. Isso foi deixando-as mais bonitas pra mim.

Continuando no Crocodilo para esse festival, o Vinicius me mandou a Acalanto do Amor (luís capucho/Douglas oliveira).

Só love.

Não perca, mande-me seu vídeo, faça-me popular!

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#festivalintimo

Triste - Gabriel Edé

O Gabriel Edé me mostrou há um tempo uma versão, voz e violão, que ele tinha feito da Triste. Era um vídeo muito nessa ideia de se filmar de perto, cantando. Eu pedi a ele, se eu poderia usar nessa minha playlist, mas como ele tinha perdido o vídeo, fez outro na mesma lindeza, uma maravilha, maravilha, maravilha.

Então, continuando no Crocodilo, com a Cérebro Independente do Simon, de ontem. Não percam Gabriel Edé!

Não percam #festivalintimo! Mande seu vídeo!

Faz-me popular!

Simon Prado - Cérebro Independente

Simon escolheu a Cérebro Independente, do Crocodilo.

Ficou muito lindo o seu jeito de olhar pro horizonte da música, como que pra um futuro ou pra lugar nenhum, pra nada.

É da transubstanciação dele que falo n’Os Gatinhos de Pedro, do meu Poema Maldito. E fiquei feliz demais que veio participar dessa minha lambeção de cria, coisas incríveis são verdade.

A gente se conhece desde quando éramos jovenzinhos e estudávamos na UFF. Depois disso cada um foi prum canto, mas faz mais de dez anos, a gente se reaproximou e somos amigos.

Curtam o #festivalintimo

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Faça-me popular!

Joana Hime - Maluca

A Joana Hime me mandou a Maluca. É uma Maluca cheia de doçura, como a Maluca da Cassia Eller e me lembro de na época que ouvi com a Cassia, tinha percebido isso, que era uma coisa que não tinha visto ainda na música, então, num raro telefonema com a Cassia, disse-lhe que achava que aquela doçura tinha sido pra mim.

Aí, ela riu e mandou de volta, no telefone:

- Calma, luís, tem pra todo mundo!

Faça parte do #festivalintimo!

Mande seu vídeo! Faze-me popular!

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Kali C - Romena

Para o festival, Kali C Conchinha me mandou a Romena(luis capucho/suely mesquita), um presente justo para hoje, dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida, que é uma Iara, assim, uma irmã de Afrodite e de Iemanjá e que é um motivo para o meu Mamãe me adora, livro. Fiquei feliz demais com esse presente dela, uma maravilha, maravilha, maravilha, maravilha do mundo e aí eu peço pra os amigos daqui que compartilham Elza Soares, que compartilham Belchior, que compartilham os incêndios nas florestas, que compartilham a morte dos indígenas, que compartilham as bobagens dos consagrados, a estupidez do Bozo, os achados incríveis na Mesopotâmia, que circulam a sedução, os pormenores, ou os compartilhamentos de grande envergadura, que circulem também esse #festivalintimo

Faça parte dele! Mande seu vídeo!

Faça-me popular!

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Infeto - Balada para paloma

O Infeto tem um site - ttps://infeto.wixsite.com/infeto/ - onde se pode conhecer sua arte ácida. Ele escolheu uma música, A Balada da paloma, que terá um registro de estúdio para o lançamento do As Sereias do Hospício, livro de poemas do Rafael Julião, que foi quem me deu essa letra.

O Infeto inventou um pouco e cantou apenas o refrão da Balada....

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Eu quero ser sua mãe - Davi Vianna

O décimo oitavo participante da minha playlist é o Davi Vianna, que canta muito na dele, muito na minha, muito como naquele música de que eu nunca me esqueci num filme com Paul McCrane - Is it okay if I call you mine ? – Eu quero ser sua mãe.

Já tinha pedido esse vídeo ao Davi e já faz um ano que está no meu canal – motivo dessa lista para movimentá-lo – e como está no mesmo espírito, estou incluindo.

O Davi Vianna é dono do EP Trágica e o conheci num lançamento de livro sobre as letras do Cazuza, escrito pelo Rafael Julião.

Tudo amor.

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Helton e Vertin Moura - O amor é Sacanagem

O Helton e o Vertin me são familiares, apesar de conhece-los há pouco e não pessoalmente. É que quando eu era criança, minha mãe sempre trabalhou em casas que tivessem meninas. Mas eu me lembro de uma noite ter dormido na casa de uma família onde só havia garotos magrelos e espichados, bem mais crescidos que eu. Eu era quase um neném e eles já beirando a adolescência. Nessa lembrança foi quando pela primeira vez olhei para os meninos como olho para os homens hoje. Então, sinto como se eu tivesse reencontrado aqueles meninos, só que dessa vez eu é quem sou o mais velho.

Nas palavras do Vertin, que achou melhor que eu os apresentassem, “Nóis é Helton e Vertin, os irmãos... lá de Pernambuco, dois malucos, dois loucos com todo direito a sê-lo, né? Será que você não quer dizer com suas próprias palavras, são esses dois caras aí! He he he!”.

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Beatriz Miranda - O amor é sacanagem

Tudo muito lindo demais no festivalintimo!

Depois dos luízes, uma série agora de O amor é Sacanagem.

Conheço a Beatriz dos shows que andamos fazendo para o Poema Maldito e, andando pela noite pra pegar a condução de volta pra casa, ela me disse ter visto um show que os amigos e amigos de amigos artistas fizeram pra que se conseguisse pagar a conta do hospital em Friburgo, que foi o primeiro a tratar do meu coma por neurotoxoplasmose.

Duas décadas depois, vejam a nossa alegria! A minha de vê-la cantar e a dela!

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Luis Valerio - O amor é sacanagem

Conheci o Luis Valério faz uns anos, na época em que Clara Sandroni lançou o disco Cassiopeia, onde cantava a Amor é Sacanagem. Então, o luis postou no youtube um vídeo em que canta essa música e o conheci dessa maneira. Dessa vez, vendo mais de perto, ele em um a cappella, é a coisa mais linda. Tá cantando demais e é mais uma joia para o meu colar. Estou muito feliz!

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Luiz Antonio - Velha

Vi o Luiz algumas vezes, mas a gente só se conhece, pessoalmente, de oi.

Na verdade, acho que o conheço bastante, porque ele lançou faz pouco seu primeiro livro “Conjugado” pra o qual fiz a orelha e que é um livro também prédio, quarteirão, rua, bairro e cidade.

A “Velha” do Luiz, no seu violão, chama a atenção da gente pela verdade dela, na voz anasalada dele, toda certa, toda firme, toda amor. É mais um conjugado no meu prédio-lista Florão da América, o meu tesouro constituído.

Obs: o Edil não gostou desse nome Florão da América que dei à minha lista. Mas que nome eu dou pra esse colar de joias?

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